10 bilhões e subindo
Enquanto a água começa a baixar em vários municípios gaúchos, as contas das prefeituras locais com os prejuízos causados pelas enchentes não param de subir. Um levantamento divulgado nesta sexta-feira (17), pela Confederação Nacional dos Municípios mostra que o cálculo já chega a 10 bilhões de reais.
Os dados desse levantamento são retirados diariamente dos sistemas do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, onde são inseridos pelas próprias prefeituras. Portanto, a conta é preliminar, feita com base no que os municípios conseguem informar ao governo.
O setor habitacional segue como a principal fonte de prejuízos. Até o momento, as prefeituras estimam em 4,6 bilhões de reais os custos para retomar e construir novos imóveis, depois da destruição da enchente. Segundo o último boletim da Defesa Civil, o estado tem 540 mil desalojados e 78 mil pessoas vivendo em abrigos.
Nesta sexta-feira, o governador Eduardo Leite anunciou a construção de "cidades temporárias". Esses espaços devem receber as pessoas que estão em abrigos improvisados em ginásios, escolas e igrejas, até que possam voltar às casas ou ir para novos lares. O plano faz parte de uma série de medidas, que inclui a distribuição de dinheiro às famílias atingidas pela enchente.
No setor público, os prejuízos chegam a 3,1 bilhões de reais. A maior parte, cerca de 1,6 bilhão de reais, é referente a obras de infraestrutura, como pontes, ruas e estradas que precisarão ser reconstruídas. Para a reconstrução de escolas, hospitais e outros prédios públicos serão necessários ao menos 428 milhões de reais.
A agricultura é a área do setor privado mais atingida. Dos 3,1 bilhões de reais em prejuízos, 2,3 bilhões se concentram nas lavouras que foram perdidas no Rio Grande do Sul. Já a pecuária, outra forte fonte de receita do estado, tem perdas calculadas até o momento de 226 milhões.
Doações
A conta aberta pelo governo do Rio Grande do Sul para receber doações por Pix já recebeu cerca de 106 milhões de reais. Parte desse dinheiro será usado para custear o pagamento dos auxílios anunciados por Eduardo Leite. No site especial do governo, é possível ter acesso às instruções para retirar o benefício, destinado a famílias de baixa renda. Na mesma página, também é possível acompanhar a situação em tempo real dos rios e receber outros alertas da Defesa Civil sobre a evolução climática no estado.
A vez da J&F
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