Eu também vou demorar
O desembargador Milton Gonçalves Ferreira Netto afirmou à presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) que não tem data para devolver a julgamento um processo que pode cassar o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e o vice, Ronaldo Lessa.
Segundo ele, o caso é complexo demais para se decidir em pouco tempo. Netto é amigo de longa data de Paulo Dantas e já trabalhou na defesa do governador.
"Cuida-se de matéria de significativa complexidade, com diversas questões processuais e procedimentais a serem examinadas, debatida em caderno processual que conta com volumoso acervo documental, tudo em ordem a denotar a necessidade de análise em prazo adequado, que possibilite o exame técnico-analítico do feito", afirma o desembargador Netto.
A resposta foi encaminhada após um pedido da defesa do ex-candidato e hoje senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que reclamou que o desembargador estava extrapolando o prazo regimental e travando o andamento do caso. O julgamento começou no dia 5 de agosto. Após a leitura do voto do relator, Netto pediu vista e ainda não se manifestou.
Na resposta à manifestação da defesa de Cunha, encaminhada ao presidente do TRE-AL, Netto afirma que ainda está produzindo o voto, mas não firma uma data para encerrar o trabalho. Uma das suas justificativas é que o relator levou de três a quatro meses para produzir o voto, dada a dificuldade do processo. O Bastidor já mostrou que o prazo regimental para pedido de vista se encerra em, no máximo, 20 dias.
Dantas, o vice e outros réus são acusados de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Eles são acusados de ter usado um programa de distribuição de renda e de cestas básicas para comprar votos. Entre os acusados também está o senador e atual ministro dos Transportes, Renan Filho. O relator votou pela cassação do governador e do vice, mas absolveu os demais.
A defesa de Cunha tenta apressar o julgamento do processo, que se arrasta há quase dois anos. Depois da análise no TRE-AL, os réus e o Ministério Público ainda poderão recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.
O dossiê da Abin
PF indicia corregedor por produzir informações contra antecessora e tentar desviar investigação
Leia Mais2ª Turma do Supremo Tribunal Federal mantém decisão contra doleiro investigado pela Lava Jato
Leia MaisConversa a sós na Abin
Encontro de diretor da Abin com Ramagem tratou sobre operação secreta em favelas do Rio, diz PF
Leia MaisComissão para investigar fraude de 6,3 bilhões de reais no INSS começa no segundo semestre
Leia MaisAneel deixa empresa adiar contabilização de 1,4 bilhão, que daria maior desconto na tarifa
Leia MaisDeputado exige vaga que estava destinada ao PT após acordo firmado com Hugo Motta
Leia MaisExtração no rio Amazonas será feita em 19 pontos, por Petrobras, ExxonMobil, Chevron e CNPC
Leia MaisOAB abre caminho para colocar o ex-juiz da Lava Jato Marcelo Bretas na lista dos inaptos à advocacia
Leia MaisDona do WhatsApp é punida por Justiça mineira devido a vazamento de dados de usuários
Leia MaisMinistro Dias Toffoli dá chance ao governo de negociar ressarcimento aos aposentados roubados
Leia MaisMoraes autoriza acareação entre Mauro Cid e Braga Netto sobre episódio de entrega de dinheiro
Leia MaisPonto final na 'Abin paralela'
PF conclui inquérito sobre uso da agência em prol do governo Bolsonaro e entrega ao Supremo
Leia MaisDisputa pela presidência do partido vai além de posições ideológicas; principal ponto é a tesouraria
Leia MaisCorretora obtém liminar para barrar publicação de conteúdo contra um de seus produtos
Leia MaisRede de varejo consegue abater 500 milhões de reais em dívida de 865 milhões de reais com União
Leia Mais