Com a ajuda do amigo

Samuel Nunes
Publicada em 06/08/2024 às 09:00
Paulo Dantas é alvo de processo em que pode ter o mandato cassado por abuso de poder político e econômico Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O governador de Alagoas, Paulo Dantas, conseguiu respirar um pouco mais tranquilamente ontem, depois da primeira sessão de julgamento do processo que pode levá-lo a ter o mandato cassado. Depois de um duro voto do relator, defendendo a perda do cargo, o desembargador Milton Gonçalves Ferreira Neto pediu vista, o que suspendeu a análise do caso.

Dantas é acusado de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Naquele ano, o governador, que assumiu depois da saída de Renan Filho, iniciou um programa assistencial, que realizou depósitos bancários e distribuição de cestas básicas a famílias de baixa renda no estado.

O processo foi aberto pela coligação do senador Rodrigo Cunha, que disputava diretamente o governo alagoano com Dantas. O caso corre no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL). Independentemente do resultado, ainda será possível recorrer.

Além de Dantas, são réus o vice-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, e Renan Filho, que elegeu-se senador, mas agora é ministro dos Transportes no governo Lula. O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação de Lessa e Dantas, mas poupou o ministro. O entendimento foi seguido pelo relator, o desembargador Alcides Gusmão.

O pedido de vista de Milton Gonçalves já era esperado. O motivo é que o desembargador foi advogado de Dantas em dois processos e ainda mantém laços próximos com o governador. A última ação na qual o desembargador participou representando o governador se encerrou em março deste ano.

Em junho, o governo de Paulo Dantas nomeou o advogado-desembargador como membro do Conselho Penitenciário de Alagoas, garantindo-lhe mais um jetom de 12,5 mil reais mensais.

Milton Gonçalves também manteve laços próximos com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Foi assessor do parlamentar, antes de assumir a cadeira no TRE-AL.

Com o pedido de vista, o processo deve ficar suspenso por, pelo menos, mais 20 dias. O retorno à pauta ainda dependerá não só da liberação de Gonçalves, mas do acúmulo de trabalho da corte, que precisará analisar as candidaturas de todos os postulantes a prefeituras e câmaras de vereadores, nas próximas semanas.

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