As fintechs do crime

Samuel Nunes
Publicada em 25/02/2025 às 14:51
MP e PF chegaram às fintechs graças à delação premiada de Gritzbach, ex-integrante morto pelo PCC Foto: Divulgação/PF

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e a Polícia Federal prenderam uma pessoa e cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em dois bancos digitais nesta terça-feira (25). O 2GO Bank e o Invbank são suspeitos de lavar dinheiro de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A operação batizada de Hydra foi deflagrada a partir da delação premiada de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em novembro. Ele lavava dinheiro para integrantes do PCC em criptomoedas e imóveis. Tornou-se colaborador e contou às autoridades sobre negócios da facção e como funcionavam suas redes de influência, sobretudo com a participação de policiais.

Segundo a Polícia Federal, o 2GO Bank e o Invbank realizavam uma complexa engenharia financeira para legalizar o dinheiro do crime. A fraude passava pelo uso de contas bancárias em nome de laranjas para esconder a origem dos recursos.

Segundo o MP, há a suspeita de que membros do PCC estariam entre os sócios do 2GO Bank. Um deles foi assassinado recentemente.

Um dos presos nesta terça é um policial civil suspeito de integrar uma das fintechs. Ele já havia sido afastado pela corregedoria em 2023.

Além dos mandados de busca e da prisão, a Justiça determinou o bloqueio de oito contas bancárias suspeitas de guardarem recursos relacionados com a fraude, e a suspensão das atividades dos dois bancos investigados.

O Bastidor tentou contato com as duas instituições investigadas, mas não houve resposta.

Operação Concierge

A operação desta terça é semelhante à investigação deflagrada pela PF em agosto, que desvendou um esquema de lavagem de dinheiro usando as instituições de pagamento T10 Bank e InovePay.

Na operação Concierge foi identificada a movimentação de cerca de 7,5 bilhões de reais derivados de atividades ilegais. Segundo os investigadores, parte desse dinheiro pertencia ao PCC.

o T10 Bank e a InovePay usavam contas bancárias em bancos tradicionais para movimentar o dinheiro de origem ilícita. Apesar de não terem autorização do Banco Central para funcionar, ofereciam serviços que incluíam máquinas de cartão de crédito.

O dono de uma das fintechs, a InovePay, é o empresário Patrick Burnett, membro do grupo Lide, do ex-governador de São Paulo João Doria. O T10 Bank pertence ao empresário José Rodrigues.

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