A serviço do crime
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou denúncia contra os donos do 2Go Bank e do Invbank. As duas instituições foram alvo da operação Hydra, deflagrada em fevereiro. Ambas são suspeitas de integrar um esquema de lavagem de dinheiro do PCC. Elas movimentaram, juntas, cerca de 6 bilhões de reais.
As duas instituições passaram a ser investigadas depois da delação premiada de Vinicius Lopes Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em novembro. Segundo a promotoria, o 2Go Bank e o Invbank realizavam uma série de operações financeiras sofisticadas para mascarar a origem criminosa do dinheiro.
Essas transações envolviam o uso criptomoedas e também de pequenas transações, para dificultar a fiscalização das autoridades monetárias. Uma das formas de esconder a origem do dinheiro era com o uso de contas abertas a partir de documentos falsos, boletos fraudulentos, cartões de crédito clonados, entre outros.
Os promotores identificaram que, entre as criptomoedas mais utilizadas pelos suspeitos, está o USDT, versão digital do dólar americano, que acompanha a cotação da moeda real. O dinheiro era movimentado por vários países, até chegar aos beneficiários do PCC, em contas abertas principalmente na China e em Hong Kong.
Essas fraudes foram facilitadas por causa de brechas na regulamentação das fintechs, que deixam espaço para as práticas ilegais. As duas instituições também contavam com o uso de bancos tradicionais para movimentar o dinheiro sujo.
O Banco Topázio foi uma das instituições financeiras tradicionais usadas para movimentar dinheiro do 2Go Bank. A instituição chegou a informar o Ministério da Defesa sobre um comunicado recebido do governo de Israel, afirmando que carteiras digitais da fintech estavam na lista de contas que poderiam ser usadas para financiar atos terroristas.
Já o Invbank, segundo as investigações, operou os recursos por meio de outra fintech, a Crédito Urbano, cujo CNPJ está registrado no nome de um servente de pedreiro.
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