A serviço do crime

Redação
Publicada em 24/03/2025 às 13:49
MP e PF chegaram às fintechs graças à delação premiada de Gritzbach, ex-integrante morto pelo PCC Foto: Divulgação/PF

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou denúncia contra os donos do 2Go Bank e do Invbank. As duas instituições foram alvo da operação Hydra, deflagrada em fevereiro. Ambas são suspeitas de integrar um esquema de lavagem de dinheiro do PCC. Elas movimentaram, juntas, cerca de 6 bilhões de reais.

As duas instituições passaram a ser investigadas depois da delação premiada de Vinicius Lopes Gritzbach, morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em novembro. Segundo a promotoria, o 2Go Bank e o Invbank realizavam uma série de operações financeiras sofisticadas para mascarar a origem criminosa do dinheiro.

Essas transações envolviam o uso criptomoedas e também de pequenas transações, para dificultar a fiscalização das autoridades monetárias. Uma das formas de esconder a origem do dinheiro era com o uso de contas abertas a partir de documentos falsos, boletos fraudulentos, cartões de crédito clonados, entre outros.

Os promotores identificaram que, entre as criptomoedas mais utilizadas pelos suspeitos, está o USDT, versão digital do dólar americano, que acompanha a cotação da moeda real. O dinheiro era movimentado por vários países, até chegar aos beneficiários do PCC, em contas abertas principalmente na China e em Hong Kong.

Essas fraudes foram facilitadas por causa de brechas na regulamentação das fintechs, que deixam espaço para as práticas ilegais. As duas instituições também contavam com o uso de bancos tradicionais para movimentar o dinheiro sujo.

O Banco Topázio foi uma das instituições financeiras tradicionais usadas para movimentar dinheiro do 2Go Bank. A instituição chegou a informar o Ministério da Defesa sobre um comunicado recebido do governo de Israel, afirmando que carteiras digitais da fintech estavam na lista de contas que poderiam ser usadas para financiar atos terroristas.

Já o Invbank, segundo as investigações, operou os recursos por meio de outra fintech, a Crédito Urbano, cujo CNPJ está registrado no nome de um servente de pedreiro.

Glauber Braga é acompanhado por médicos da Câmara, em protesto contra cassação de mandato

Leia Mais

Caso de corrupção na saúde do Rio é enviado ao STJ com base em novo entendimento do Supremo

Leia Mais

Mulher de ex-presidente do Peru desembarca no Brasil depois de receber asilo do governo Lula

Leia Mais

Secretaria de Prêmios e Apostas divulga calendário com medidas para impedir apostas sem controle

Leia Mais

Moraes suspende extradição pedida pela Espanha após país negar entrega de Oswaldo Eustáquio

Leia Mais

Ex-presidente do Peru e mulher são condenados por propina da Odebrecht; ela obtém asilo no Brasil

Leia Mais

PF intima Abin

15/04/2025 às 16:02

Diretor da agência vai depor por suspeita de atrapalhar inquérito sobre a Abin paralela

Leia Mais

Era só propina

15/04/2025 às 15:58

TST livra ex-funcionário de indenizar empresa por cobrar comissão para privilegiar fornecedores

Leia Mais

Sinas de Dantas

15/04/2025 às 14:00

Movimentos do TCU contra a Previ são atribuídos a uma vingança do ex-presidente do tribunal

Leia Mais

Integrantes da CPI das Bets querem mais tempo para concluir investigação, que anda devagar

Leia Mais

Líder do PL se antecipa e apresenta pedido para que projeto a favor de Bolsonaro tenha urgência

Leia Mais

Lula assina decreto com regras do programa com nova ajuda a estados para pagar dívida com a União

Leia Mais

Lula promulga acordo comercial entre o Mercosul e o Estado da Palestina, parado desde 2011

Leia Mais

Ministro Gilmar Mendes suspende todas as ações sobre validade da pejotização no país

Leia Mais

Lula sanciona lei que o autoriza a retaliar sanções econômicas impostas ao Brasil por outros países.

Leia Mais