A derrota estava escrita
A maior parte da bancada do PT no Congresso jamais levou a sério o discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de zerar o déficit em 2024.
O que fez o presidente Lula na última semana passada ao tratar publicamente da inviabilidade do plano foi expor uma convicção que alcança ministros e parlamentares do partido.
A saída seria o Congresso aprovar projetos que garantissem o aumento de arrecadação até o fim do ano. O que foi votado até agora, diz um deputado petista, é insuficiente.
O Bastidor colheu ao longo do ano a insatisfação que Haddad enfrenta em seu próprio partido. Deputados disseram que o plano de déficit zero era “ousado demais” e que poderia atrapalhar o desempenho do partido nas eleições municipais do ano que vem.
Não ficou somente no PT os pedidos de mudança da meta. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), chegou a esboçar uma porcentagem.
Na reunião de Lula com líderes do Congresso, um deputado da base disse ao Bastidor que o governo deve seguir o que disse o presidente na semana passada, de que é improvável se manter a ideia de déficit zerado no próximo ano, já que não há a intenção de cortar investimentos.
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