Tudo pela pausa
A diplomacia brasileira deve insistir na aprovação de alguma resolução do Conselho de Segurança na ONU que permita uma pausa humanitária para que entre ajuda às vítimas civis na Faixa de Gaza.
É preciso, porém, um fato novo para a apresenção de um novo texto. A explosão no Hospital Árabe Al-Ahli —atribuído aos israelenses pelos palestinos e à Jihad Islâmica por Israel— pode ser essa motivação.
Têm chegado ao órgão presidido temporariamente pelo Brasil na ONU, informações de que os hospitais estão na iminência de um colapso em toda a Faixa de Gaza. Segundo avalia uma fonte da diplomacia brasileira, é urgente a entrada de socorro humanitário. Para isso, a pausa humanitária seria necessária.
Nesta quarta (18), os Estados Unidos vetaram, no Conselho de Segurança da ONU, a resolução elaborada pelo Brasil para se conseguir uma pausa humanitária para socorrer as vítimas civis em Gaza.
O bloqueio era esperado, embora houvesse um “leve otimismo” de que o texto passasse diante da crise humanitária e o espraiamento da violência no Oriente Médio.
A resolução precisava de nove dos 15 votos dos membros do órgão e não poderia ter o veto de nenhum dos cinco membros permanentes (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China).
Foram 12 os votos a favor do texto brasileiro (Brasil, França, Malta, Japão, Gana, Gabão, Suíça, Moçambique, Equador, China, Albânia, e Emirados Árabes), duas as abstenções (Rússia e Reino Unido) e o veto dos EUA.
Segundo uma fonte diplomacia brasileira bem-informada sobre as articulações na ONU, pouco antes da votação, os americanos avisaram os brasileiros que seriam contrários o texto.
O gesto foi recebido com surpresa; a justificativa foi que não estava claro o direito de Israel se defender. A prerrogativa do Estado israelense está no direito internacional e, diz a fonte brasileira, dificilmente o Brasil se oporia a ela.
Segundo a mesma fonte, a declaração americana de que faltou estar explícito o direito de autodefesa israelense foi uma desculpa para evitar que a declaração do conselho de segurança saísse logo depois da visita de Joe Biden a Tel Aviv.
Havia o receio de que ela pudesse ser lida como alguma reprimenda aos israelenses após os ataques terroristas sofridos no sábado (7). Não era o que constava no texto. Ainda assim, os americanos o vetaram.
Estava previsto no texto negociado pelo Brasil:
. a condenação aos atos terroristas do Hamas;
. a determinação para que se libertem os reféns israelenses;
. a cobrança dos dois lados da guerra a proteção de civis;
. a denúncia dos ataques indiscriminados sobre Gaza;
. o pedido para que Israel abandonasse a ordem de evacuar palestinos do norte da Faixa de Gaza;
. e a pausa humanitária para a criação de um corredor humanitário para enviar ajuda a Gaza.
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