Saiba quem é quem na nova Esplanada de Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro realizou nesta quinta-feira (31) uma cerimônia para se despedir de parte dos ministros que deixaram os cargos para tentar concorrer nas eleições deste ano. As mudanças atingem todos os escalões da Esplanada. Entre os mais influentes, apenas Paulo Guedes e Ciro Nogueira permanecem.
O Bastidor preparou um resumo sobre quem sai e quem entra no novo quadro de ministros de Jair Bolsonaro. Veja abaixo:
Ministério da Agricultura
Sai – Tereza Cristina – eleita deputada federal pelo Mato Grosso do Sul, ela deve retornar à Câmara para encerrar o mandato e disputar uma vaga ao Senado.
Entra – Marcos Montes – deputado federal por Minas Gerais, ocupava a secretaria-executiva do Ministério da Agricultura. É produtor rural e tem bom trânsito com a bancada ruralista do Congresso. Deverá ficar na pasta até o fim do ano.
Ministério da Defesa
Sai – Walter Braga Netto – general tido como braço-direito do presidente, é cotado para ser candidato a vice na chapa de Bolsonaro à reeleição. Apesar de não ser mais ministro, foi nomeado como assessor especial da Presidência e seguirá no executivo.
Entra – Paulo Sérgio de Oliveira Nogueira – o general era comandante do Exército desde abril de 2021. Deve permanecer no cargo até o fim deste mandato.
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Sai – Damares Alves – sem nunca ter exercido cargo político antes, foi indicada para o posto pelo ex-senador Magno Malta. Durante a passagem pelo governo, acumulou polêmicas pelo comportamento religioso empregado nas ações do dia a dia da pasta. Deve concorrer a uma vaga de deputada federal.
Entra – Cristiane Brito – secretária-executiva da pasta, a advogada é filiada ao Republicanos, partido da base de apoio de Bolsonaro.
Ministério do Trabalho e Previdência
Sai – Onyx Lorenzoni – voltará à Câmara para disputar o governo do Rio Grande do Sul neste ano. Foi o grande coringa de Bolsonaro ao longo do mandato, ocupando a Casa Civil, Ministério da Cidadania e Secretaria-Geral da Presidência. Antes disso, liderou a equipe de transição do atual governo.
Entra – José Carlos Oliveira – presidente do INSS, é funcionário de carreira da instituição desde 1985.
Secretaria-Geral da Presidência
Sai – Flávia Arruda – casada com o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, ela deve voltar à Câmara dos Deputados e iniciar campanha para uma vaga no Senado.
Entra – Célio Faria Júnior – servidor público federal, ele era chefe do gabinete pessoal de Jair Bolsonaro. No novo cargo, terá que ajudar nas articulações políticas do governo com o Congresso.
Ministério de Infraestrutura
Sai – Tarcísio de Freitas – militar reformado, foi diretor do DNIT, no governo de Dilma Rousseff. Com Bolsonaro, passou a ser ministro – um dos poucos que permaneceram desde o início da gestão. Deve concorrer ao governo de São Paulo.
Entra – Marcelo Sampaio da Cunha Filho – Foi secretário-executivo de Tarcísio na pasta e o substituía quando necessário.
Ministério do Desenvolvimento Regional
Sai – Rogério Marinho – o economista deve disputar o cargo de governador do Rio Grande do Norte, pelo PL, mesmo partido de Bolsonaro. Antes de ser ministro, atuou no governo como secretário de Previdência.
Entra – Daniel de Oliveira Duarte Ferreira – era secretário-executivo de Marinho na pasta.
Ministério da Cidadania
Sai – João Roma – em vez de voltar à Câmara, o político, que chegou a ser cotado como vice de Bolsonaro, vai disputar o governo da Bahia.
Entra – Ronaldo Vieira Bento – era chefe de Assuntos Estratégicos do ministério.
Ministério da Tecnologia, Ciência e Inovações
Sai – Marcos Pontes – o eterno astronauta brasileiro é outro ministro que estava no cargo desde o início do governo Bolsonaro. Em junho de 2020, viu a pasta ser reduzida. Antes, comandava também a área de comunicações, mas a função foi delegada ao genro de Silvio Santos, o deputado Fábio Faria. Será candidato a deputado.
Entra – Paulo Alvim – trabalhava como secretário nacional de Empreendedorismo e Inovação, cargo ligado ao ministério.
Ministério do Turismo
Sai – Gilson Machado – o empresário ficou conhecido por tocar sanfona durante lives do presidente Bolsonaro. Entrou no governo para presidir a Embratur. Em 2020, foi nomeado como ministro. Deve concorrer ao cargo de senador, por Pernambuco.
Entra – Carlos Alberto Gomes de Brito – atuava na Embratur como presidente da entidade.
Secretaria de Cultura
Sai – Mário Frias – ator foi levado ao cargo depois do fiasco da nomeação da colega Regina Duarte. Envolveu-se em várias polêmicas ao criticar a Lei Rouanet e outros benefícios para a classe artística. Recentemente, foi alvo de um escândalo sobre uma viagem aos Estados Unidos, que custou R$ 39 mil aos cofres públicos. O gasto nunca foi devidamente explicado. Tentará um cargo de deputado federal por São Paulo.
Entra – Hélio Ferraz de Oliveira – Número 2 na secretaria, assumirá em definitivo o posto até o fim deste mandato. Ele acompanhou Frias na viagem polêmica aos Estados Unidos.
Fundação Palmares
Sai – Sérgio Camargo - provavelmente é o nome mais polêmico do governo Bolsonaro. Durante o mandato na presidência da entidade, acumulou rusgas e declarações racistas, além de negar os males da escravidão no Brasil e tentar revisar nomes de pessoas negras que eram homenageadas pela fundação. Deve ser candidato a deputado.
Entra –Sem definição.
Agência Brasileira de Inteligência
Sai – Alexandre Ramagem – foi pivô da crise que culminou na saída de Sergio Moro do governo, em 2020. Chegou a ser indicado como diretor da Polícia Federal, mas a nomeação foi anulada pelo STF. O ex-ministro acusou Bolsonaro de tentar interferir no funcionamento da PF, que investigava a participação do presidente e da família em irregularidades. Estava no cargo na Abin desde fevereiro deste ano.
Entra – Sem definição.
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