Pacheco sobe o tom depois de pressão de militares e senadores
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, viveu momentos de tensão na quarta-feira 7 de julho antes de se manifestar no plenário. Ele recebeu telefonemas do Ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, e do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Assessores parlamentares das Forças Armadas que trabalham no Congresso também o procuraram e deram recados.
Pacheco tem procurado uma postura conciliadora, mas a fala dele na quarta-feira foi considerada subserviente. A aliados, porém, o presidente do Senado revelou que a pressão dos militares foi desconfortável.
No dia seguinte, quinta-feira 8 de julho, o ministro da Defesa voltou a ligar para Pacheco para elogiar sua postura e repetir que respeita as instituições e o Senado, mas que também espera que as Forças Armadas sejam respeitadas.
O problema é que ao longo da quinta-feira os comandantes continuaram a mandar recados, segundo os interlocutores de Pacheco. Em um deles, ouviu que os militares não devem ser atacados ou desrespeitados, até mesmo os que são investigados pela CPI da Pandemia.
Hoje, sexta-feira 9 de julho, Pacheco ficou ainda mais incomodado com a entrevista do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior. O texto foi compartilhado pelo comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos com o comentário: "os militares estarão sempre unidos".
O estilo de Pacheco impede que ele mostre o desconforto que sentiu publicamente. O objetivo dele é superar a crise. Para um interlocutor do presidente do Senado, se militares da ativa fazem parte do governo, devem, por outro lado, se submeter a críticas e investigações.
Nesse contexto de incômodo com as abordagens dos militares e das pressões que sofreu dos senadores, Pacheco adotou um tom mais duro hoje ao afirmar que o Senado é independente e que não é tolerável qualquer ataque a manifestação, voto ou trabalho dos senadores e integrantes do Congresso por se tratar um ataque ao Estado Democrático de Direito.
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