O sonho acabou
A ilusão de que o relatório produzido pelo Ministério da Defesa apontaria graves falhas no processo eleitoral brasileiro começou a ter um fim na noite desta quarta-feira. Durante todo o dia, grupos de mensagens e usuários das redes sociais ansiavam pelo documento, que poderia justificar as manifestações antidemocráticas e violentas que aconteceram por todo o país.
No entanto, o conteúdo do relatório colocou um balde de água fria nos ânimos dos manifestantes. Pelo Twitter, muitos se disseram indignados pelo fato de os militares não terem encontrado nenhuma fraude no processo eleitoral. O documento mostra que todos os dados analisados apontaram 100% de integridade. Em resumo: Lula venceu uma eleição limpa.
O Bastidor mostrou que, ao longo do dia, havia duas teorias prontas para o relatório. A primeira, se houvesse o apontamento de falhas, seria de que o Tribunal Superior Eleitoral ignoraria completamente o conteúdo.
Outra corrente chegou a manifestar a ideia de que o Ministério da Defesa não representaria as Forças Armadas, embora, por óbvio, todos os militares sejam subordinados à pasta. Com isso, a conclusão de meia-dúzia de técnicos não seria a opinião nos quartéis.
Para os conspiradores sobrou uma possibilidade aberta no resumo do relatório, assinado pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira. Ele aponta que a fiscalização poderia ser mais eficaz, se fossem revistos dois pontos do processo. Um diz respeito à suposta ligação das urnas em rede; outro sobre a integridade dos arquivos das urnas, usados na contagem dos votos, que poderiam ser alterados.
O Bastidor apurou que ambas as sugestões feitas pelo ministro já são contempladas no processo. O primeiro é que nenhuma urna é ligada em rede, em nenhum momento. A segunda é que, se houver alguma tentativa de alteração nos dados, o sistema do TSE detecta e invalida os votos daquela seção imediatamente.
Resta aos manifestantes aceitar que as noites de frio, chuva e vandalismo que promoveram nos últimos 11 dias foram apenas o delírio de um sonho que acabou.
Leia as íntegras dos documentos encaminhados pelo Ministério da Defesa ao TSE:
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