O prende e solta do doleiro

Samuel Nunes
Publicada em 21/03/2023 às 18:39
Youssef participou de um cabo de guerra e acabou saindo vitorioso, com a liberdade concedida Foto: Reprodução

A tarde desta terça-feira (21) foi das mais movimentadas da vida jurídica de Alberto Youssef. O doleiro, figura central dos crimes descobertos pela Operação Lava Jato, foi solto e preso várias vezes, sem sair da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, por uma série de decisões judiciais contraditórias.

Youssef foi preso na segunda-feira (20), por ordem do juiz Eduardo Fernando Appio. A decisão foi "de ofício", sem consultas ao Ministério Público Federal (MPF) ou à Polícia Federal.

No começo da tarde, Youssef passou pela audiência de custódia. O juiz Appio ouviu os argumentos da defesa, que pediu a liberação de Youssef, mas decidiu interromper a audiência para que as partes pudessem tomar conhecimento de novos documentos apresentados pela Polícia Federal.

A procuradora Carolina Bonfadini de Sá, do Ministério Públio Federal, ameaçou deixar a sessão: segundo ela, isso não é compatível com uma audiência de custódia.

Ela também ponderou que o MPF era contra a ordem de prisão expedida por Appio e os dois discutiram. Mesmo assim, o magistrado interrompeu a sessão.

Quando a audiência foi retomada, a defesa de Youssef informou ao juiz que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região acabara de deferir um habeas corpus a favor do doleiro. A decisão do TRF4 foi tomada pelo desembargador Marcelo Malucelli, que considerou abusiva a ordem de Appio. 

O juiz decidiu, então, emitir uma nova ordem de prisão contra Youssef, baseada em evidências apontadas pela Polícia Federal. A audiência acabou às 15h04. Mas, às 16h45, Appio emitiu um alvará de soltura em favor do doleiro, com base na decisão do TRF4.

Apenas três minutos depois, ele mesmo fez um novo despacho, determinando que a Polícia Federal mantivesse Youssef preso, agora baseando-se no segundo mandado de prisão, expedido durante a audiência de custódia.

Às 16h56, o desembargador Malucelli concedeu um segundo habeas corpus a Youssef, utilizando os mesmos argumentos da decisão anterior e considerando ilegal a conduta de Appio.

Pouco mais de uma hora depois, às 18h19, Apoio cedeu e determinou a soltura de Youssef que, dada a pouca distância entre Curitiba e sua casa em Itapoá (SC), deverá dormir em casa ainda nesta terça-feira.

Assista à audiência de custódia de Youssef:

Leia a sequência de decisões sobre o caso de Youssef:

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