O governo levou um drible
O governo ficou isolado na terça-feira (24) no Senado com a aprovação, na Comissão de Assuntos Econômicos, do projeto de lei que prorroga por quatro anos a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. A estimativa inicial era de um impacto de 9 bilhões de reais nos cofres da União.
No plenário da casa, os parlamentares aprovaram a urgência para que o texto do senador Ângelo Coronel (PSD-BA) seja votado já nesta quarta-feira (25).
Antes disso, o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), tentou jogar a discussão para dezembro ou, em um cenário mais favorável ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o ano que vem.
O senador avaliou que o tempo seria suficiente para o governo atender às demandas da base aliada. O Bastidor já noticiou que o autor do texto, Ângelo Coronel, anda descontente com os ministros do seu partido e pede abertamente uma reforma ministerial que coloque Otto Alencar (PSD-BA) na Saúde.
Para dar celeridade à tramitação, os senadores da oposição e da base rejeitaram as mudanças propostas pela Câmara, entre elas a que estendia a diminuição da contribuição previdenciária, de 20% para 8%, a todos os municípios brasileiros e a que fixava em 1% a alíquota de contribuição previdenciária das empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, substituindo os atuais 2%.
No texto de Coronel, as cidades beneficiadas serão apenas as de população inferior a 142,6 mil habitantes.
Foi aí que o governo tomou um drible: se as mudanças fossem acatadas, algum senador petista pediria vistas a fim de prolongar a discussão. Era esse o objetivo de Jaques Wagner.
Sem a anuência do governo, o texto de Coronel foi aprovado na CAE e receberá, no plenário, destaques que retomam os pontos já aprovados pelos deputados. Como o PL agora está em regime de urgência, um pedido de vistas não pode durar mais do que 24 horas.
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