Menos Haddad, mais Rui

Nonato Viegas
Publicada em 30/11/2023 às 11:00
Ministro da Fazenda ganhou quase todas com Lula em 2023 Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress

Ao longo de 2023, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) acumulou vitórias nas disputas internas, especialmente sobre o ministro Rui Costa (Casa Civil). Um defendia gastar para induzir o crescimento econômico e o bem-estar social; o outro, comedido, ganhou, ao pedir prudência. Mas o ano que vem promete ser diferente.

Há um motivo. Lula tem em mãos dados de uma pesquisa encomendada pela Secretaria de Comunicação Social sobre como se sente a população em relação ao primeiro ano do governo. E o que há nos dados não é muito animador: sentiu pouca melhora do poder de compra.

Os vilões são os de sempre e justamente os que são regulados pelo Estado, como o valor da energia elétrica e o custo dos combustíveis - ambos com repercussão em outras áreas da economia.

Os números foram citados dias atrás na discussão entre Rui Costa e Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, no Palácio do Planalto. A despeito da redução do preço do petróleo no mercado internacional, a companhia resiste a baixar o preço para o consumidor.

Sutilmente —mas nem tanto—, o ministro-chefe da Casa Civil já disse a Lula que algumas medidas defendidas na Fazenda não têm potencial de aliviar o preço das contas no salário dos trabalhadores, aumentando-lhes o poder de compra. Com algumas delas, já disse, ocorrerá o contrário.

Um dos argumentos de Costa ao chefe foi dizer que a cobrança de imposto de renda sobre a desoneração de ICMS, por exemplo, poderá ser repassada diretamente ao consumidor. Vai ajudar o governo a arrecadar, mas aumentará a pressão sobre a renda das pessoas.

Para um auxiliar de Lula ouvido pelo Bastidor, o presidente confia em Haddad e tem na memória que o aperto inicial no seu primeiro mandato permitiu o crescimento econômico nos anos seguintes.

Em 2010, Lula sempre lembra, o país cresceu 7,5%. De lá para cá, o Brasil não chegou nem perto. A esperança do presidente é conseguir fazer o PIB crescer nos anos seguintes.

O problema, diz o auxiliar, é que mais velho e com a ideia de que só terá um mandato para provar a que veio, o presidente pode não ser tão paciente.

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