Comissão que fiscaliza Abin fica em silêncio sobre manobra
Deputados e senadores da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência ficaram em silêncio sobre a manobra de Jair Bolsonaro para evitar a sabatina do novo diretor da Abin. Hoje, o presidente nomeou o ex-capitão do Exército Victor Felismino Carneiro para o cargo de diretor-adjunto da agência. Deixou o posto de diretor-geral em aberto.
Carneiro foi superintendente da Abin no Rio de Janeiro enquanto Alexandre Ramagem esteve à frente da Abin. O delegado da Polícia Federal deixou o posto para ser candidato a deputado no estado. Escolheu o ex-capitão para sucedê-lo. O nome dele, porém, enfrenta resistência entre os agentes.
A Lei 9.883/97, que instituiu a Abin, determina que o novo diretor-geral seja submetido a uma sabatina no Senado antes de assumir o posto. Normalmente, trata-se de mera formalidade. Mas, como revelou o Bastidor, Carneiro tem potencial explosivo. Como diretor-adjunto, pode tocar a Abin sem passar pela aprovação dos senadores.
O Planalto pretende manter a interinidade até o final deste ano. Carneiro é tido como um quadro leal a Ramagem - que, por sua vez, é leal à família do presidente.
A reportagem tentou contato com a senadora Kátia Abreu e com o deputado Aécio Neves. Ela é a presidente da comissão, enquanto o mineiro ocupa o cargo de vice. Ambos não retornaram o contato.
O silêncio é previsível. Agentes de inteligência relatam que a comissão não fiscaliza as atividades da Abin.
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