Com fome de reforma
Diante da demora na liberação de emendas e na indicação de cargos, os partidos do Centrão voltam a pressionar o governo Lula por uma reforma ministerial. O risco de o governo ser derrotado na votação da Medida Provisória que reestrutura os ministérios evidencia, segundo um influente deputado aliado, a urgência de uma “sacudida” na relação entre os dois lados.
Por uma sacudida entende-se convidar o Republicanos, que tem 42 deputados, a se aproximar do governo em troca de liberação de emendas e cargos, e até de ministérios. Lideranças do partido, como mostrou o Bastidor, têm abertura para o diálogo.
Outro passo é ceder ao líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, nas indicações da legenda para ministérios. Hoje, o partido comanda três pastas – Comunicações, Turismo e Integração e do Desenvolvimento Regional -, mas todas sem anuência da maioria dos 59 deputados.
Quem exerceu influência nas escolhas no início do ano foi o senador Davi Alcolumbre (AP) - que, além de não ter controle sobre a bancada na Câmara, “costuma criar dificuldades para vender facilidades”, na definição de um parlamentar do PT. Elmar Nascimento é o principal aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira.
Os dois partidos, até a manhã desta quarta-feira 31, tinham fechado questão contra o texto do relator Isnaldo Bulhões (MDB-AL) que altera atribuições dos ministérios. Por isso a MP ainda não foi votada e perde a validade amanhã, dia 1º.
Desde fevereiro, o Congresso pressiona a gestão petista por uma reforma ministerial. Segundo uma liderança da Câmara, se a resistência perdurar o governo passará por crises como a atual em toda as votações importantes.
Uma das mudanças já aventadas é a troca do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que foi indicado por Alcolumbre.
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