A festa antes do colapso
Enquanto os moradores de Maceió aguardam com ansiedade e medo os desdobramentos do possível colapso na mina 18 da Braskem, o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), escolheu festejar. O chefe do Executivo participou, neste sábado (2), do casamento da filha, Paula Dantas, em um clube na orla da capital alagoana.
A festa reuniu boa parte da elite política de Alagoas – ao menos aquela alinhada ao governador. Um dos convidados de honra é o ministro dos Transportes, Renan Filho, que não hesitou em tirar fotos com convidados. O chefe da pasta viajou nesta semana ao estado por ordem do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, com o objetivo de acompanhar de perto os desdobramentos da crise em Maceió.
A viagem de Renan Filho a Alagoas, que deveria ter sido apenas a trabalho, foi inteiramente bancada pelos cofres públicos. O ministro voou a Maceió em um avião da Força Aérea Brasileira, na última quinta-feira (30). Na cidade, participou de reuniões e tentou angariar algum protagonismo político diante da crise, que também foi aproveitada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adversário político da família Calheiros.
O casamento foi realizado a apenas 20 quilômetros do local da crise geológica. A noiva, Paula, também não é alheia à política. Ela é a atual secretária de 1ª Infância de Alagoas, além de presidir o PSB alagoano. No Instagram, alguns usuários reclamaram da falta de timing para a festa.
"Esse dia especial já tinha sido planejado com muito amor pela nossa família, mas saiba que seguimos permanentemente atentos a tudo relacionado ao caso Braskem. Temos equipes de prontidão para amparar todos os alagoanos caso precise. Contem com nosso Governo sempre", respondeu o governador a uma das usuárias indignadas com a postura da família Dantas.
O Bastidor mostrou nesta semana como Renan Filho, quando era governador, e Paulo Dantas, desde que assumiu, negligenciaram a crise provocada pela Braskem no estado. Portanto, a aflição da população maceioense não seria motivo para adiar a festa.
O posicionamento de Paulo Dantas e Renan Filho diante da crise da Braskem só mudou recentemente, depois que a prefeitura, comandada por João Henrique Caldas, desafeto do senador Renan Calheiros, firmou acordo com a petroquímica, que atingiu R$ 1,7 bilhão em reparações ao município. O parlamentar conseguiu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, em Brasília, para apurar os termos desse acordo.
Caso o colapso da mina 18 se concretize, como acreditam as autoridades de Defesa Civil, o desastre causado pela mineradora, que foi comandada por Renan Calheiros antes de ser adquirida pela Braskem, poderá aumentar ainda mais os efeitos daquele que é o maior desastre ambiental em área urbana do planeta.
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