Sobrou até para o Carluxo
Benedito Gonçalves deu talvez a decisão mais forte do Tribunal Superior Eleitoral contra a comunicação bolsonarista nas redes sociais. De uma só vez, o corregedor-geral eleitoral fez o seguinte:
- Intimou Carlos Bolsonaro a explicar o uso político de seus perfis na internet;
- Suspendeu a monetização e os impulsionamentos de diversos perfis que apoiam Jair Bolsonaro; e
- Exigiu que as plataformas excluam perfis dos quais não têm informações para repassar à Justiça - alegou que o anonimato dessas contas é prejudicial à democracia e vedado pela Constituição.
A suspensão da monetização impacta YouTube, Brasil Paralelo, Foco do Brasil, Folha Política e o canal Dr. News. O YouTube deve congelar os pagamentos a esses perfis e não executar os impulsionamentos programados por essas contas. Se descumprir, deverá pagar multa diária de 20 mil reais. O mesmo vale para os canais bolsonaristas, mas a punição diária é de 50 mil reais.
O Brasil Paralelo ainda foi obrigado a adiar, para depois do segundo turno, o lançamento do documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”. Caso a produtora bolsonarista divulgue o material antes do dia 31, terá que pagar 500 mil reais à Justiça.
Segundo Benedito, a data original prevista pela produtora, 24 de outubro, não foi definida "por acaso", mas pela proximidade com o segundo turno da eleição.
O problema é maior que a solução
A decisão, continua o corregedor-geral eleitoral, foi tomada porque, as anteriores, da "perspectiva pedagógica, não têm sido suficientes" para impedir a perpetuação da "estrutura favorável à produção e consumo de conteúdos falsos ou gravemente descontextualizados que favoreçam Jair Messias Bolsonaro".
Para Benedito, essas "decisões do TSE determinando a derrubada de conteúdos" têm servido apenas "de combustível para questionar a imparcialidade do tribunal e estimular a desconfiança em relação ao sistema de votação".
"O problema se agrava porque já se detectou que “histórias de apelo sensacionalista aumentam o engajamento de sites”, o que leva plataformas a “expandir o alcance da desinformação por meio de indicadores de popularidade e da capacidade de robôs” de usar interações para conferir credibilidade", afirmou o corregedor-geral eleitoral.
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