O conclave secreto
O Supremo Tribunal Federal prepara a escolha de um novo membro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contrariando uma norma interna, que determina a plena transparência de todo o processo. As inscrições para a seleção do novo conselheiro se encerraram em 6 de julho. Quase um mês depois, a corte ainda não publicou no portal oficial os nomes, nem os currículos dos postulantes.
Uma resolução de 2013, assinada pelo então presidente do STF, Joaquim Barbosa, definiu o rito de escolha dos indicados. Tão logo as inscrições sejam encerradas, a área administrativa da corte deve encaminhar os currículos dos postulantes aos 11 ministros e publicá-los nas páginas do tribunal.
O Poder Judiciário tem direito a duas vagas no CNMP, todas para magistrados no pleno exercício da carreira. Uma é escolhida pelo STF e outra pelo Superior Tribunal de Justiça. Em ambos os casos, os selecionados passam por sabatina no Senado, depois da indicação.
O Bastidor apurou com a corte que os inscritos são Jessé Cruciol Junior, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, Robledo Moraes Peres de Almeida, do Tribunal de Justiça do Piauí e Vanessa Ribeiro Mateus, do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Conforme a resolução, o presidente do STF deve também marcar uma sessão administrativa da corte para que os nomes dos interessados sejam avaliados, por meio de uma votação, que pode ter dois turnos. Se ninguém for escolhido, o postulante mais velho deve ser o indicado.
Fontes ouvidas pelo Bastidor estranharam a atitude do STF e do seu presidente, Luís Roberto Barroso, em não divulgar a lista de postulantes. O Supremo não explicou o motivo da demora, apenas concedeu os nomes dos inscritos.
O CNMP é responsável por apurar infrações disciplinares de membros do Ministério Público, desde promotores estaduais, que atuam em primeira instância, até membros da Procuradoria-Geral da República. O colegiado é sempre presidido pelo procurador-geral da República em exercício.
Além das vagas do STF, do STJ e da presidência que fica com a PGR, os outros cargos são compostos por quatro membros do Ministério Público da União, três membros dos Ministério Público dos estados, dois advogados indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e dois cidadãos de notável saber jurídico, indicados um pela Câmara e outro pelo Senado.
Glauber Braga é acompanhado por médicos da Câmara, em protesto contra cassação de mandato
Leia MaisCaso de corrupção na saúde do Rio é enviado ao STJ com base em novo entendimento do Supremo
Leia MaisMulher de ex-presidente do Peru desembarca no Brasil depois de receber asilo do governo Lula
Leia MaisSecretaria de Prêmios e Apostas divulga calendário com medidas para impedir apostas sem controle
Leia MaisMoraes suspende extradição pedida pela Espanha após país negar entrega de Oswaldo Eustáquio
Leia MaisEx-presidente do Peru e mulher são condenados por propina da Odebrecht; ela obtém asilo no Brasil
Leia MaisDiretor da agência vai depor por suspeita de atrapalhar inquérito sobre a Abin paralela
Leia MaisTST livra ex-funcionário de indenizar empresa por cobrar comissão para privilegiar fornecedores
Leia MaisMovimentos do TCU contra a Previ são atribuídos a uma vingança do ex-presidente do tribunal
Leia MaisIntegrantes da CPI das Bets querem mais tempo para concluir investigação, que anda devagar
Leia MaisLíder do PL se antecipa e apresenta pedido para que projeto a favor de Bolsonaro tenha urgência
Leia MaisLula assina decreto com regras do programa com nova ajuda a estados para pagar dívida com a União
Leia MaisLula promulga acordo comercial entre o Mercosul e o Estado da Palestina, parado desde 2011
Leia MaisMinistro Gilmar Mendes suspende todas as ações sobre validade da pejotização no país
Leia MaisLula sanciona lei que o autoriza a retaliar sanções econômicas impostas ao Brasil por outros países.
Leia Mais