Brasília atordoada
Brasília está atordoada com as duas explosões na Praça dos Três Poderes, que deixaram um morto na noite desta quarta-feira (13). A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, concedeu uma entrevista coletiva, na qual apenas justificou o que a polícia fez para conter os estragos.
As explosões começaram por volta das 19h30. Primeiro explodiu um carro estacionado ao lado do Anexo 2 da Câmara dos Deputados. Imagens que circulam em redes sociais mostram o veículo pegando fogo e tendo explosões semelhantes às de fogos de artifício.
Minutos depois, houve uma segunda explosão, ao lado do Supremo Tribunal Federal. Nela, um homem carregando explosivos junto ao corpo, acabou morrendo.
O carro pertence a Francisco Wanderley Luiz, bolsonarista, candidato a vereador pelo PL, em Rio do Sul, em Santa Catarina, em 2020. As autoridades do Distrito Federal não confirmam se o corpo encontrado ao lado do STF é dele. Segundo a governadora Celina, o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar tem de isolar os explosivos antes de recolher os restos mortais e fazer a identificação.
Em postagens em suas redes sociais, Luiz, conhecido como Tiu França, fez referências a bombas e ao dia 13. De saída, a polícia trabalha com a hipótese de suicídio, mas apenas perícias e investigação poderão dizer se o homem teve intenção de se matar ou cometeu um erro.
Na maior parte da coletiva, Celina tentou mostrar que as instituições de segurança estavam trabalhando para evitar novos desdobramentos. O governo do Distrito Federal teme sofrer consequências, como as que sofreu pela complacência durante a tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro de 2023.
Celina e os assessores que participaram da coletiva apresentaram poucas informações práticas. Disseram apenas que a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso, que deverá correr paralelamente à investigação da Polícia Federal.
A Praça dos Três Poderes, a Esplanada dos Ministérios e o Palácio da Alvorada estão isolados pela polícia e devem ficar assim até a manhã desta quinta-feira (14). Ela evitou dar qualquer outro detalhe e foi retirada do local da entrevista assim que as perguntas dos jornalistas sobre a atuação do governo começaram a ficar mais incisivas.
No mesmo momento em que Celina falava aos jornalistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava reunido com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso e outros ministros da corte, além do diretor da Polícia Federal, para saber das investigações e das medidas de segurança que podem ser adotadas.
Celina Leão substitui o governador Ibaneis Rocha, que está em Roma, onde deverá se encontrar com o papa Francisco. Em 8 de janeiro de 2023, Ibaneis foi procurado durante todo o dia, em vão, enquanto manifestantes depredavam prédios públicos.
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