A fraude da influenciadora
A Procuradoria do Distrito Leste do estado da Virgínia, nos Estados Unidos, abriu um processo criminal contra a jornalista brasileira Patricia De Oliveira Souza Lélis Bolin. Ela é acusada de se passar por uma advogada especializada em facilitar a liberação de vistos de residência para brasileiros naquele país. Atualmente, ela é procurada pelo FBI.
Patrícia Lélis é uma das muitas "influenciadoras digitais" da internet. Somadas, as contas do Facebook, Instagram e X chegam a 982 mil seguidores. A jornalista faz postagens principalmente sobre política e é defensora do presidente Lula. Mas a imagem pública é bem diferente da que as autoridades norte-americanas descrevem na acusação.
Segundo a Procuradoria, Lelis pediu 135 mil dólares a uma das vítimas para ajudar os pais dessa pessoa a conseguirem os vistos da categoria EB-5. Esse documento é concedido a pessoas que possuem investimentos de, pelo menos, 1 milhão de dólares nos Estados Unidos, em empresas que gerem emprego no país. É muito usado por empresários que querem morar nos Estados Unidos.
Lélis afirmou que usaria os 135 mil dólares em um programa de concessão de vistos do Texas, para quem investisse esse valor em imóveis no estado. No entanto, segundo as investigações, A quantia foi parar no bolso da jornalista. O golpe, dizem as autoridades, aconteceu em 2021.
Para convencer a vítima, dizem os investigadores, Lélis forjou documentos públicos e até o nome de pessoas que trabalhariam no governo do Texas, com o objetivo de fazer o esquema parecer real.
A denúncia também afirma que Lelis não possui sequer a licença para ser advogada nos Estados Unidos, muito menos qualquer especialização na área de concessão de vistos. Naquele país, não é obrigatório cursar a faculdade de direito para atuar na advocacia, mas é preciso passar por uma prova semelhante à da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Caso seja condenada, Lélis poderá receber pena de até 30 anos de prisão, pelos crimes de fraude eletrônica e por transações financeiras ilegais. Os procuradores também pedem que ela seja condenada a pagar 700 mil dólares em multas.
Procurada pelo Bastidor, Patrícia Lélis não respondeu aos contatos.
Histórico de confusões
Esse não é o primeiro imbróglio envolvendo Patrícia Lelis. Desde quando ainda estava na faculdade, ela já acumulava polêmicas. Natural de Brasília, acusou o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) por tentativa de estupro, assedio sexual e agressão. O caso nunca foi devidamente esclarecido.
Uma reportagem do portal Metrópoles, que conversou com diversos conhecidos da jornalista, retratou um perfil bastante confuso e com tendência a se envolver em polêmicas. Ex-colegas de faculdade e de trabalho contam diversas narrativas mentirosas que Lélis teria contado.
Leia abaixo a íntegra da denúncia contra Patrícia Lélis (em inglês):
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