A falta de inteligência
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (22) a primeira fase da Operação Vigilância Aproximada, que busca apurar indícios de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tenha monitorado ilegalmente cidadãos para fins políticos. Um dos alvos dos mandados de busca e apreensão é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que dirigiu a órgão no governo de Jair Bolsonaro.
O parlamentar, que é delegado da Polícia Federal, está afastado das funções devido ao mandato que cumpre na Câmara dos Deputados. Ele é suspeito de ordenar, a pedido do ex-presidente, o monitoramento de pessoas consideradas opositoras ao antigo governo. O objetivo seria usar tais informações para fins políticos e até para atrapalhar investigações da PF em curso.
A operação desta quinta-feira é um desdobramento de outra ação realizada em outubro de 2023, quando a PF iniciou as investigações dentro da Abin, já sob suspeita de agir ilegalmente no governo Bolsonaro. Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, além do afastamento de sete policiais federais, suspeitos de terem participado das ações ilegais. Ninguém foi preso.
Segundo os investigadores, o monitoramento dos alvos era feito com o uso de um programa capaz de obter metadados de telefones celulares, sobretudo a localização dos aparelhos. Esse aplicativo é alvo de críticas desde a aquisição, em 2018, por permitir o uso sem que haja mandado de quebra de sigilo telemático.
Pelas redes sociais, o ex-presidente divulgou um vídeo de Ramagem, em que o deputado diz que não foi responsável pela compra do programa, mas não diz nada a respeito das suspeitas de uso indevido dele.
Durante o governo Bolsonaro, a gestão da Abin foi marcada por diversas polêmicas. Desde operações ilegais em comunidades, até a troca do comando sem a devida sabatina no Senado, a agência foi alvo de questionamentos em todo o período.
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