Capa Dura em Alagoas

Redação
Publicada em 04/04/2024 às 13:59
O deputado Rafael Brito comandava a Secretaria de Educação quando os contratos foram firmados. Foto: Site/Rafael Brito

Uma empresa investigada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul pela suspeita de fraudar licitações milionárias de livros no estado também firmou contratos milionários em Alagoas no governo de Renan Filho, do MDB. A empresa, chamada Inca Tecnologia e Serviços, está no centro da operação Capa Dura, deflagrada em janeiro. Um dos representantes da empresa chegou a ser preso. Houve buscas em outros quatro estados onde a Inca operava contratos públicos - Rio de Janeiro, Santa Catarina, Maranhão e Paraná.

A Polícia Civil gaúcha descobriu que a Inca coordenava fraudes em licitações em Porto Alegre, com a aparente participação de funcionários da Prefeitura. As investigações estão apenas no começo.

A expertise da Inca parece ser conquistar contratos públicos sem licitação. Em 2020, obteve um contrato de 900 milhões de reais com o Ministério da Saúde para fornecer aventais hospitalares na pandemia. O contrato não chegou a ser pago pelo governo federal. A Controladoria-Geral da União detectou que a proposta da Inca fora manipulada, multou a empresa e, no ano passado, a proibiu de fechar contratos públicos. O Tribunal de Contas da União também investiga a Inca.

Em Alagoas, a Inca obteve dois contratos, sem licitação, com a Secretaria de Educação, entre 2021 e 2002, quando a pasta era chefiada pelo hoje deputado federal Rafael Brito, do MDB. No total, eram 52 milhões de reais para distribuir livros e outros materiais de "apoio pedagógico" para "minorar os danos causados pela pandemia".

A Inca não conseguiu entregar os livros, mas faturou 16 milhões de reais com os "materiais de apoio pedagógico". Naquele momento, o contrato suspeito dos aventais com o Ministério da Saúde já era amplamente conhecido. Isso não impediu a empresa de fechar todo tipo de contratos em Alagoas e outros estados.

Agora, a Inca virou assunto de polícia. Os investigadores esperam avançar e descobrir todos os beneficiários dos contratos suspeitos.

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