Ataques hacker: o copia e cola do governo

Brenno Grillo
Publicada em 17/01/2022 às 18:50
ConecteSUS, que demorou mais de 10 dias para voltar a funcionar parcialmente, é um exemplo da demora do governo para restabelecer seus sistemas. Foto: Futura Press/Folhapress

Há mais de um mês que o Brasil não sabe os reais estragos dos ataques hacker que começaram no Ministério da Saúde e foram se espalhando, passando por Polícia Federal e Correios, entre outras autarquias e órgãos da administração federal.

Se o governo federal sofre para enfrentar o Lapsus$ Group, também tem encontrado dificuldades para restabelecer seus sistemas. Muitos dados foram apagados e as invasões ocorreram depois que os hackers tiveram acesso ao repositório de senhas dos sites da União.

Um policial federal com conhecimento da investigação, ouvido sob anonimato pelo Bastidor, afirmou que a demora no restabelecimento de dados ocorre porque tudo tem sido feito de "maneira manual". Não é que os sites e seus bancos de dados estejam sendo reescritos do zero; estão sendo devolvidos ponto a ponto.

O método é o seguinte: primeiro é encontrada e corrigida a brecha que permitiu a invasão. Depois o código é alterado para impedir novas invasões - e só então o site é devolvido à internet, para ser acessado pelo público.

E isso tem tomado muito tempo das depauperadas equipes de tecnologia da informação do governo. Essa fonte explicou que faltou um plano de contingência para o governo se defender dos ataques e reparar quaisquer avarias causadas nessas situações.

A demora no restabelecimento dos sistemas, principalmente os do Ministério da Saúde, tem levantado suspeitas sobre os motivos do atraso. O senador Alessandro Vieira, os deputados Tabata Amaral e Felipe Rigoni, além do secretário de Educação do Rio, Renan Ferreirinha, pediram uma investigação ao TCU.

Querem que seja investigada a demora da Saúde para restabelecer seus sistemas. Há também um pedido do PT ao Supremo para apurar a responsabilidade do ministério de Marcelo Queiroga no caso.

Há ainda uma terceira frente, de cinco senadores. Eles desconfiam que houve sabotagem pela própria equipe de Queiroga e ouvirão especialistas para tentar validar a hipótese.

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