Um CEO contra os principais acionistas

Alisson Matos
Publicada em 15/02/2024 às 22:28
Barolomeo tem dificuldades naquilo que é considerado o maior problema da Vale hoje: as relações institucionais Foto: Divulgação

O mapa de votação da última reunião do Conselho de Administração da Vale, obtido pelo Bastidor, demonstra que a articulação do empresário Rubens Ometto e do CEO da mineradora, Eduardo Bartolomeo, para manter o comando da companhia vai contra a área de governança da companhia, os principais acionistas, o representante dos funcionários e os representantes dos minoritários.

Pelo plano antecipado pelo Bastidor, Ometto e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, trabalhariam para prorrogar o mandato de Bartolomeo à frente da Vale. Em seguida, o executivo Luís Henrique Guimarães, homem de confiança de Ometto, assumiria o cargo.

Hoje, o Conselho reuniu-se para votar a recondução de Bartolomeo. O resultado foi um empate de 6 a 6 com a abstenção de Guimarães.

Os votos expõem de onde vem a força de Ometto no Conselho - e de onde não vem. O presidente do Conselho, a Previ (maior acionista), o Bradesco (segundo maior acionista), o representante dos funcionários e os dois representantes dos minoritários votaram contra a recondução e a favor de uma lista tríplice para escolher um novo CEO, seguindo os critérios de governança da companhia.

Ometto, por sua vez, teve apenas um acionista relevante a seu lado: a Mitsui. Os demais cinco votos foram de conselheiros independentes, aqueles que, segundo o estatuto da mineradora, não devem ter ligação com os maiores acionistas. O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, por exemplo, é um dos independentes que têm vínculo estreito com o dono da Cosan. Guimarães, que era da Cosan, também.

De acordo com o estatuto, os conselheiros independentes não podem ter participação direta ou indireta superior a 5% do capital social da companhia ou vínculo formal ou declarado com acionista que a detenha.

A posição dos que votaram contra Bartolomeo, segundo fontes ligadas aos acionistas com quem o Bastidor conversou, não tende a mudar. A justificativa é que o CEO tem dificuldades naquilo que é considerado o maior problema da Vale hoje: as relações institucionais.

Votaram pela recondução Manoel Oliveira (Ollie) – independente; Douglas James Upton – independente; Vera Marie Inkster – independente; Paulo Hartung – que está na vaga dos independentes, mas foi colocado pelo Ometto; José Luciano Penido – independente; e Shunji Komai – Mitsui.

Votaram contra a recondução e para montar uma lista tríplice para escolher um novo CEO: João Fukunaga – Previ; Fernando Jorge Buso – Bradesco; André Viana Madeira - representante dos funcionários da Vale; Daniel André Stieler– presidente do conselho (Previ); Rachel de Oliveira Maia – independente; e Marcelo Gasparino – independente.

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