A aliança pela Vale

Alisson Matos
Publicada em 15/02/2024 às 06:00
Entre Lula e o empresário, o ministro fez a sua escolha Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aliou-se de vez ao empresário Rubens Ometto na disputa pelo comando da Vale. Entre o presidente Lula, a quem é formalmente subordinado, e o dono da Cosan, Silveira não hesita mais. Age conforme os interesses de Ometto e à revelia do Planalto, segundo fontes que participam da escolha do novo CEO da mineradora.

No começo do mês, o Bastidor revelou que Silveira fazia jogo duplo: defendia em público a opção de Lula por Guido Mantega e, em privado, trabalhava com Ometto para emplacar Luiz Henrique Guimarães, ex-presidente da Cosan. De lá para cá, de acordo com representantes de acionistas da Vale que conduzem as tratativas, a parceria entre Silveira e Ometto intensificou-se. Resultou num acordo entre ambos, cujos detalhes ainda são desconhecidos. O objetivo, contudo, é claro: ceder o comando da maior mineradora do país a Ometto.

Para viabilizar o plano, Ometto e seus aliados surpreenderam os demais acionistas, na última reunião do Conselho da Vale, com a proposta de reconduzir por mais um ano Eduardo Bartolomeo, o atual CEO da empresa, cujo mandato encerra-se em junho. Pelo acordo, Bartolomeo daria lugar a Luiz Henrique Guimarães, o homem de Ometto. Previ e Bradespar se opuseram à proposta. Eles querem um substituto para Bartolomeo, mas não pretendem entregar a Vale ao dono da Cosan.

Ometto, porém, não desiste. Além de fazer novamente carga em Brasília, conquistou apoio dos acionistas estrangeiros Black Rock e Capital Group Internacional. Não há sinal de que o empresário possa mudar de ideia - nem de que seus adversários na Vale possam recuar.

Os demais acionistas temem que, uma vez no comando da Vale, mesmo que indiretamente, Ometto use a mineradora em benefício de suas empresas: seja diretamente, seja pela força política dela. Além da Cosan, o empresário é dono da Compass, da Raízen, da Moove e da Rumo Logística, que recentemente conseguiu dois acordos vantajosos com o governo federal, graças a ajuda de políticos do MDB.

Havia a expectativa para uma nova reunião do Conselho ainda nessa semana, entre quinta-feira (15) e sexta-feira (16). Até o fechamento dessa reportagem, a Vale, porém, não havia confirmado se haveria uma nova assembleia. 

A Previ, além de duas cadeiras no conselho, tem 8,7% das ações da Vale. A Mitsui tem 6,3% e a BlackRock tem 5,8%. Outros 5,3% são da própria empresa. Os 73,9% estão divididos entre acionistas minoritários que não ultrapassam os 5% das ações.

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