Sem comentários

Karen Couto
Publicada em 20/08/2024 às 06:00
José Seripieri Filho, o Junior, dono da Amil Foto: Zanone Fraissat/Folhapress

Quem fez seu elogio ou sua crítica à Amil em seus perfis nas redes fez; quem não fez, não poderá fazer mais. A Amil fechou o espaço para comentários de todas as suas redes sociais, como Instagram, LinkedIn e TikTok. A medida veio após uma enxurrada de reclamações dos beneficiários.

O Bastidor procurou a Amil nesta segunda-feira (19), mas não teve retorno.

No ranking de reclamações feitas na Agência Nacional de Saúde Suplementar, a Amil está em 4ª lugar, ficando atrás apenas do Bradesco Saúde, Unimed RJ e NotreDame. Dados da Secretaria Nacional do Consumidor revelam que a maior parte das queixas registradas no consumidor.gov é sobre demandas não resolvidas, reembolsos e negativa de cobertura, principalmente devido a descredenciamento na rede.

A Amil foi comprada em dezembro de 2023 por 11 bilhões de reais pelo empresário José Seripieri Filho, o Junior, que fundou a Qualicorp e a Qsaúde. A operação ficou conhecida como o maior M&A (operação de fusão e aquisição) realizada por uma pessoa física sozinha na história do Brasil. Na negociação, Junior pagou 2 bilhões de reais e assumiu passivos de cerca de 9 bilhões.

A Amil tem cerca de 5,4 milhões de beneficiários de planos de saúde e dentários, divididos entre planos coletivos, coletivos por adesão e individuais. A carteira de planos individuais é a mais deficitária e difícil de manejar, pois o índice de reajuste da mensalidade é limitado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Neste ano, a operadora foi uma das 20 notificadas pela Senacon por estar rescindindo contratos de forma unilateral.

Em meio ao processo de reestruturação conturbado, a Amil também está enfrentando uma disputa acirrada com a Rede D’Or. No fim de julho, a rede hospitalar anunciou que não atenderá mais os usuários dos planos da Amil “por questões administrativas”. A Amil afirmou que foi pega de surpresa com a decisão e que reforçará sua rede credenciada com hospitais equivalentes para garantir a cobertura hospitalar a seus usuários. O encerramento dos atendimentos passará a valer a partir de setembro.

Nos bastidores, a avaliação é de que a disputa envolve o valor da remuneração paga pela operadora por prestação de serviços, semelhante ao que já aconteceu em 2019, quando a Amil descredenciou 17 unidades da Rede D’Or.

A ANS e a Senacon realizaram uma reunião com as empresas para evitar maiores prejuízos para quem está internado ou com tratamento em curso. Não se sabe quem vai sair vitorioso dessa disputa; certamente quem vai perder será o consumidor, que terá mais restrições na oferta de hospitais.

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