Presidente pela "intenção do legislador"

Brenno Grillo
Publicada em 30/12/2022 às 19:16
Prates, que é dirigente estadual do PT, concorreu como suplente de senador nas eleições deste ano e doou R$ 10 mil a cada um dos dois colegas de chapa. Foto: José Luiz Tavares/Futura Press/Folhapress

Jean Paul Prates vai assumir a presidência da Petrobras assim que Lula vestir a faixa. Anunciado antes mesmo da posse, o em breve ex-senador sofre com críticas desde que seu nome passou a ser especulado, principalmente porque sua escolha afronta a Lei das Estatais.

O texto proíbe expressamente quem "atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral” de dirigir estatais ou empresas de economia mista, caso da Petrobras.

Questionado sobre a ilegalidade, Prates garantiu que está tudo certo, porque a verdadeira vontade dos congressistas, apesar de não ter sido escrita na lei, era não punir o direito de candidatura.

“Na própria tramitação da lei, à época da sua discussão no Congresso, havia uma redação que falava em candidatos e filiados de partido, porém essas redações foram retiradas, o que indica claramente, expressamente, a intenção do legislador de não punir o direito de se candidatar. Ademais, você não pode cassar ou onerar o direito do cidadão de uma pessoa votar ou ser votado, não faria sentido, seria inconstitucional, seria um atentado ao direito do cidadão”, disse o futuro presidente da Petrobras.

A resposta destaca candidaturas porque Prates concorreu como suplente de Carlos Eduardo Alves, do PDT do Rio Grande do Norte, num acordo com o PT no estado - aliás, foi como suplente da então senadora Fátima Bezerra, em 2014, que o político chegou ao Senado.

Fato é que Prates participou das eleições, não só como suplente de Alves, mas doando 10 mil reais ao candidato da chapa que dividiu com Ana Sufia, do PC do B. O trio perdeu a disputa, e a terceira suplente não apresentou suas contas eleitorais até o momento.

Não pode ser esquecida a atividade de Prates como dirigente do PT do Rio Grande do Norte, inclusive assinando atas em reuniões.

Para além da legislação, o mercado e a Petrobras não receberam bem a nomeação de Prates, que já foi dirigente sindical. Além das críticas ao novo presidente e suas promessas de gestão, há o entendimento de que as regras mínimas de gestão que ajudaram a tirar parte das estatais do buraco podem ficar bem frouxas, ou até desparecer.

E não foi por falta de tentativa. Arthur Lira passou Na Câmara um projeto que ajudaria o PT e o Centrão (o velho e o novo), mas o texto parou no Senado, apesar das promessas de Rodrigo Pacheco.

Glauber Braga é acompanhado por médicos da Câmara, em protesto contra cassação de mandato

Leia Mais

Caso de corrupção na saúde do Rio é enviado ao STJ com base em novo entendimento do Supremo

Leia Mais

Mulher de ex-presidente do Peru desembarca no Brasil depois de receber asilo do governo Lula

Leia Mais

Secretaria de Prêmios e Apostas divulga calendário com medidas para impedir apostas sem controle

Leia Mais

Moraes suspende extradição pedida pela Espanha após país negar entrega de Oswaldo Eustáquio

Leia Mais

Ex-presidente do Peru e mulher são condenados por propina da Odebrecht; ela obtém asilo no Brasil

Leia Mais

PF intima Abin

15/04/2025 às 16:02

Diretor da agência vai depor por suspeita de atrapalhar inquérito sobre a Abin paralela

Leia Mais

Era só propina

15/04/2025 às 15:58

TST livra ex-funcionário de indenizar empresa por cobrar comissão para privilegiar fornecedores

Leia Mais

Sinas de Dantas

15/04/2025 às 14:00

Movimentos do TCU contra a Previ são atribuídos a uma vingança do ex-presidente do tribunal

Leia Mais

Integrantes da CPI das Bets querem mais tempo para concluir investigação, que anda devagar

Leia Mais

Líder do PL se antecipa e apresenta pedido para que projeto a favor de Bolsonaro tenha urgência

Leia Mais

Lula assina decreto com regras do programa com nova ajuda a estados para pagar dívida com a União

Leia Mais

Lula promulga acordo comercial entre o Mercosul e o Estado da Palestina, parado desde 2011

Leia Mais

Ministro Gilmar Mendes suspende todas as ações sobre validade da pejotização no país

Leia Mais

Lula sanciona lei que o autoriza a retaliar sanções econômicas impostas ao Brasil por outros países.

Leia Mais