O enrosco na Caixa
A demora de Lula em autorizar mudanças nas 12 vice-presidências da Caixa envolve dois nomes: Inês Magalhães, indicada pelo PT, e Marcelo Bonfim, aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Inês é responsável pelo setor de habitação do banco, enquanto Bonfim é o vice-presidente de governo da estatal. Para as vagas, aparecem nomes indicados por Antônio Rueda e Fernando Maringoni, do União Brasil.
No acordo fechado entre Lula e Lira, segundo aliados do presidente da Câmara, as vice-presidências da Caixa não ficariam somente com o PP, mas também com outros partidos aliados.
Já deputados do PT dizem que as mudanças na vice-presidência de Habitação e na de governo são mais complexas. Isso porque Inês foi indicada em acordo com o PT, após o ministério das Cidades ficar com Jader Filho, do MDB. Já a nomeação de Bonfim é fruto da boa relação de Lula com Pacheco.
Lira, como mostrou o Bastidor, chegou a travar a pauta na Câmara diante do impasse entre o Palácio do Planalto e lideranças do Centrão.
Nesta quinta-feira (28), ele vai se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para debater matérias econômicas que devem ser apreciadas somente na próxima semana, como a taxação de offshores. Lira quer que o relator seja o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ). Já o PT vai indicar outro nome.
Lula sinalizou que só vai mexer na Caixa no fim do ano. Ao Bastidor, um deputado do Centrão diz apostar que vai ocorrer antes.
Julgamento foi suspenso a pedido de Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal.
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