Deu Fernando Passos de novo

Alisson Matos
Publicada em 09/12/2024 às 17:20
Passos respondeu por suspeita de burlar documentos do Banco do Brasil Foto: Reprodução/redes sociais

A realização de uma nova consulta pública para escolher uma empresa que gerencie a carteira de microcrédito da Caixa não evitou que a Cactvs fosse escolhida novamente.

Em agosto, a empresa foi uma das únicas candidatas na primeiro processo, mas foi barrada pela governança do banco. Como mostrou o Bastidor, o fundador da Cactvs, Fernando Passos, foi acusado de manipulação de mercado e respondeu por suspeita de burlar documentos do Banco do Brasil. Procuradores nos Estados Unidos o denunciaram por fraudes de valores mobiliários.

Na primeira consulta pública, a Cactvs também foi alvo do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), que pediu que o órgão de controle suspendesse as negociações que estavam avançadas.

Como revelou o Bastidor, um dos assessores da Cactvs que participou diretamente nas negociações foi o ex-presidente da Caixa Gilberto Occhi. Ex-ministro das Cidades, Occhi é ligado ao PP de Arthur Lira e Ciro Nogueira.

Fontes da Caixa afirmaram que a Cactvs chegou a usar o nome do fundo Mubadala, um dos mais ricos do planeta, para facilitar o negócio. O fundo seria uma espécie de sócio e fiador da empresa de Fernando Passos no contrato com o banco. O Mubadala, contudo, desmentiu: disse que “não tem nenhuma relação com essa empresa, a Cactvs, ou com a negociação em questão”.

Sob pressão, a Caixa recuou e resolveu realizar uma segunda consulta pública com critérios semelhantes à primeira. Não deu outra: a Cactvs foi contratada para operar o Microcrédito Produtivo Orientado.

Ao Bastidor, o banco afirmou que “foi realizada a primeira rodada de credenciamento” e “que buscou empresas com experiência e capacidade de operacionalização”. Disse ainda que haverá outras consultas.

Segundo a Caixa, serão utilizados recursos de Fundos Constitucionais para oferecer a modalidade de crédito. Foram reservados 300 milhões de reais para operações contratadas em 2024. A expectativa é de um total de 6 bilhões para os próximos cinco anos.

A Caixa se inspirou no modelo adotado no Banco do Nordeste, o BNB, voltado para empreendedores individuais ou reunidos em grupos solidários, que atuam tanto no setor informal quanto no formal.

O BNB é velho conhecido da Cactvs. Em 2021, a empresa fundada por Fernando Passos, mas que hoje pertence formalmente à sua esposa, foi escolhida pelo banco para operar justamente uma carteira bilionária de microcrédito.

O BNB, contudo, cancelou o contrato após a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) concluir um processo administrativo em que acusou o fundador da Cactvs de manipulação de mercado quando ele dirigia o IRB Brasil, a maior empresa de resseguros do país.

Antes do IRB, Fernando Passos e sua esposa e sócia, Kelvia Carneiro de Linhares Fernandes Passos, fizeram carreira no BNB, onde mantinham influência. 

Dino rejeita argumento de líder do PL, que se recusa a dar explicações sobre acordo de emendas

Leia Mais

Lula avalia candidatos ao lugar do ministro da Previdência, que caiu devido ao escândalo do INSS

Leia Mais

Collor em casa

02/05/2025 às 10:37

Moraes autoriza prisão domiciliar e ex-presidente troca presídio por seu apartamento em Maceió

Leia Mais

Empresário da área de saúde Maurício Camisotti é figura-chave no escândalo do INSS

Leia Mais

Lupi na brasa

01/05/2025 às 14:38

Líder da oposição aciona a PGR contra ministro da Previdência e pede seu afastamento

Leia Mais

Epic wins

30/04/2025 às 21:14

Justiça dos EUA proíbe Apple de cobrar taxas fora de apps e envia caso para investigação criminal

Leia Mais

Governo anuncia novo presidente do órgão, depois de escândalo de roubo dos aposentados

Leia Mais

Cadê as contas?

30/04/2025 às 18:24

Dino suspende pagamentos de emendas da saúde sem conta bancária específica para depositar

Leia Mais

Golpe ou Madrid

30/04/2025 às 18:03

Palestrante em evento da OAB na Espanha, Paulo Gonet pode não participar de julgamento no Supremo

Leia Mais

A multa vale

30/04/2025 às 13:15

STJ mantém multa de 88 milhões imposta pela CGU à Vale, por dificultar fiscalização em Brumadinho.

Leia Mais

Descontos ilegais sobre aposentados e pensionistas chegavam a 6% do salário mínimo.

Leia Mais

Governador de Alagoas faz lista de presentes para o seu casamento e faz pedido de 80 mil reais

Leia Mais

Lupi insuficiente

29/04/2025 às 19:30

Ministro da Previdência não explica por que não interrompeu acordos que fraudaram aposentados

Leia Mais

CCJ da Câmara rejeita recurso e deixa processo de cassação de Glauber Braga andar

Leia Mais

Por tirar dinheiro direto de aposentados, escândalo do INSS tem potencial destruidor para 2026

Leia Mais