A ofensiva sobre o Congresso
Empreiteiras que renegociam os termos dos acordos de leniência firmados no âmbito da Lava Jato planejam uma ofensiva sobre o Congresso Nacional e o governo Lula para mudar a legislação que afeta diretamente o pagamento das multas.
A discussão com a AGU (Advocacia-Geral da União) e a CGU (Controladoria-Geral da União) segue emperrada. Os órgãos federais pediram mais 30 dias de prazo para o Supremo Tribunal Federal.
São dois os principais impasses que travam as renegociações: a correção do saldo das dívidas e as garantias. O segundo, por não precisar de mudanças na lei, deve sofrer ajustes nessa reta final das discussões.
As defesas das empreiteiras esperam sensibilidade do governo na primeira e começaram uma campanha para o futuro em defesa da alteração na legislação. Querem que o saldo das dívidas seja corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação, e não mais pela Selic, o que tornaria os débitos menos onerosos. Contam com o apoio do Palácio do Planalto. Acreditam que as discussões vão perdurar para além das negociações atuais.
“Hoje, as empregas pagam e continuam devendo”, reclamou um advogado ao Bastidor em caráter reservado.
Há uma insatisfação das empreiteiras com os termos propostos pelos órgãos públicos. A expectativa é que nem todas as construtoras que renegociam os acordos de leniência fechem um novo trato. Ao todo, são sete empresas que estão na mesa de discussão.
A ofensiva sobre o Congresso é o segundo movimento mais incisivo das empreiteiras. O primeiro foi buscar integrantes da velha-guarda do PT para ajudar nas tratativas.
Os advogados também alegam que o desconto de 50% dado pela CGU foi feito sobre uma base de cálculo das dívidas que causa distorção. Dizem que as propostas beneficiam os maus pagadores, como a Odebrecht, hoje Novonor. Buscam, a partir daí, melhores condições para os seus clientes.
Outro ponto ainda discutido diz respeito às garantias da dívida. As defesas das empreiteiras dizem que a maioria está quebrada e não tem ativo suficiente. Muitas delas afirmaram ainda que buscaram bancos privados para firmaram seguros-garantia, mas as taxas cobradas eram exorbitantes. Esperam maior flexibilidade da CGU e da AGU nesse ponto antes de firmarem o acordo.
Movimentos do TCU contra a Previ são atribuídos a uma vingança do ex-presidente do tribunal
Leia MaisLíder do PL se antecipa e apresenta pedido para que projeto a favor de Bolsonaro tenha urgência
Leia MaisLula assina decreto com regras do programa com nova ajuda a estados para pagar dívida com a União
Leia MaisLula promulga acordo comercial entre o Mercosul e o Estado da Palestina, parado desde 2011
Leia MaisMinistro Gilmar Mendes suspende todas as ações sobre validade da pejotização no país
Leia MaisLula sanciona lei que o autoriza a retaliar sanções econômicas impostas ao Brasil por outros países.
Leia MaisTRF-3 nega pedido da Paper Excellence e mantém proibição de transferência de ações da Eldorado
Leia MaisJair Bolsonaro deverá ficar internado por pelo menos duas semanas para se recuperar de cirurgia
Leia MaisEx-presidente passou por nova cirurgia para desobstruir o intestino; procedimento durou mais de 12h
Leia MaisBolsonaro deve ser transferido de avião para a capital neste sábado e fala em possível cirurgia
Leia MaisPGR pede mais tempo para analisar propostas de repactuação das leniências das empresas da Lava Jato
Leia MaisDistribuidora não conseguiu reverter na Justiça decisão que cassou sua inscrição estadual
Leia MaisAlexandre de Moraes autoriza prisão domiciliar para um dos acusados de mandar matar Marielle Franco
Leia MaisJustiça decreta falência do Grupo Leader após descumprimento de plano e dívida de R$ 1,2 bilhão
Leia MaisEx-presidente sente dores abdominais durante caravana pelo Nordeste e é internado
Leia Mais