A dinastia de Barreto
A recondução de Alexandre Barreto como superintendente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica confirmou a força de seus padrinhos políticos. O Senado aprovou na semana passada sua permanência no cargo que ocupa há dois anos.
Barreto é um velho conhecido do Cade. Desembarcou no órgão em 2017, como presidente. Ficará até 2026, quando termina seu mandato como superintendente. Antes, trabalhou para Receita Federal, Tribunal de Contas da União e Senado.
O advogado deixou a Presidência do Cade em junho de 2021. Mas ficou poucos meses fora do conselho, sendo nomeado superintendente-geral em abril de 2022. Outro hiato na passagem de Barreto pelo órgão foram os pouco mais de dois meses entre o fim de seu mandato e a aprovação de sua recondução pelo Senado.
A presença constante do advogado dentro do Cade se dá pela força de seus padrinhos políticos: o senador Renan Calheiros e o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, de quem foi chefe de gabinete.
É pela Superintendência-Geral do Cade que passam os maiores casos analisados pelo órgão, assim como propostas de acordos de leniência. Cabe a ela opinar se fusões e aquisições bilionárias devem ser chanceladas, e sob quais condições, ou quanto uma empresa deve pagar por ter confessado algum crime.
Só neste ano, a Superintendência do Cade analisou: a união de Soma e Arezzo (que têm 34 marcas, como Schutz, Farm, Hering e Animale); a compra da Kopenhagen pela Nestlé; a fusão de mais de 8 bilhões de dólares entre Bunge e Viterra; e a aquisição de ativos florestais do BTG pela Suzano.
E mais operações passarão pelo crivo de Barreto, como a compra de frigoríficos da Marfrig pela Minerva e a fusão entre Petz e Cobasi.
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