Saída pela esquerda

Samuel Nunes
Publicada em 30/12/2022 às 10:07
Ciro entrou no governo sob desconfiança, mas ajudou a articular a campanha de Jair Bolsonaro Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Um dos principais expoentes do aparelhamento do centrão no governo de Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira está oficialmente de saída. A portaria de exoneração do ministro-chefe da Casa Civil foi publicada nesta sexta-feira (30), no Diário Oficial da União. Ele estava no cargo desde agosto de 2021.

Ciro deve voltar ao Senado para completar o mandato, que se estende até 2027. Ainda não se sabe qual será a postura dele diante do novo governo. Quando foi convidado para o posto na Casa Civil, causou furor em parte dos filiados do PP, que não eram totalmente favoráveis à presença do parlamentar no corpo de ministros.

O senador assumiu em um momento delicado para o governo Bolsonaro. Acuado e com a popularidade em baixa, o presidente precisou ceder espaço a partidos do centrão, para garantir o mínimo de governabilidade. À época, o governo era pressionado pelas mortes de covid, a demora na vacinação e a CPI, que apurou diversas irregularidades na gestão bolsonarista durante o período mais agudo da pandemia no Brasil.

O ex-ministro chegou ao cargo sem ter a plena confiança de Jair Bolsonaro. O Bastidor chegou a mostrar que havia muitas dúvidas, sobretudo entre os militares, que falavam impropérios ao citarem o nome do senador. O principal motivo era a ligação de Ciro com casos de corrupção e a proximidade com Luiz Inácio Lula da Silva, para quem chegou a fazer campanha.

Ao longo dos meses, a desconfiança deu lugar à aceitação e à amizade. Ciro foi um dos articuladores da campanha do presidente à reeleição. Por diversas vezes, prometeu ao chefe do Executivo uma virada nos números das pesquisas, o que nunca aconteceu.

Logo depois da vitória de Lula, Ciro ficou encarregado de auxiliar a equipe de transição, que necessitaria do apoio da Casa Civil para funcionar.

No novo governo, a Casa Civil será comandada por Rui Costa. Atual governador da Bahia, ele deixa o cargo neste sábado (31), quando se encerra o segundo mandato do petista. Neste ano, não disputou as eleições, para ajudar Lula a garantir a preferência dos eleitores baianos.

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