Quase deu corporativismo
Foi por pouco que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), acusado de ser mandante do assassinato de Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes. Foram 39 votos a favor e 25. O resultado reflete a força do corporativismo dos deputados em conflito com o Supremo Tribunal Federal.
Agora, a prisão será analisada pelo Plenário da Câmara, que, por maioria absoluta (257 votos), dará a palavra final em votação aberta e nominal ainda nesta quarta.
Deputados recorreram a dois exemplos para saírem em defesa de Brazão: a prisão de Daniel Silveira (PL-RJ) em 2021 por ordem do ministro Alexandre de Moraes e a busca e apreensão no gabinete de Carlos Jordy (PL-RJ), que foi alvo da Polícia Federal em operação que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.
O argumento foi que a prisão de Brazão não atendia às exigências legais em caso de detenção de parlamentar: ser em flagrante, crime inafiançável e feito durante o mandato de deputado.
De acordo com o STF, a prisão preventiva de Brazão se deu por atos de obstrução à justiça, os quais, segundo o a Corte, “continuavam a ser praticados ao longo do tempo”. Os deputados discordaram do relatório de Darci de Matos (PSD-SC), que fez um parecer favorável à detenção.
"Não estamos tratando de um crime de homicídio, mas sim de uma prisão ilegal de um parlamentar", disse o deputado Roberto Duarte (Republicanos-AC) ao classificar a detenção como "arbitrária".
O deputado, em uma tentativa de justificar o seu voto, disse que era favorável à cassação de Brazão na Comissão de Ética, mas não da prisão antes disso.
O Psol se surpreendeu com o resultado na CCJ e calcula ter, no máximo, 302 votos favoráveis à prisão no plenário. O ambiente, admitem parlamentares do partido, não é favorável.
Houve indignação, mas não surpresa com o movimento de contestar a desoneração da folha no STF
Leia MaisRede social de Elon Musk diz que problema técnico permitiu lives de bolsonaristas alvo de restrições
Leia MaisSTF não aceita gravação de pessoas sem autorização como prova de corrupção eleitoral
Leia MaisSTF nega recurso de Daniel Silveira por progressão para regime semiaberto
Leia MaisCEO da Petrobras não conta mais com o apoio irrestrito dos sindicatos de petroleiros
Leia MaisZanin garante que municípios com até 156 mil habitantes paguem alíquota previdenciária de 20% .
Leia MaisSTF define que promotores e procuradores podem realizar investigações criminais independentes.
Leia MaisApesar do ano curto e da complexidade, são grandes as chances de o Congresso regulamentar impostos
Leia MaisPara liberar a votação do DPVAT, Lula se comprometeu a pagar 3,6 bilhões de reais a parlamentares
Leia MaisProcuradoria defende que STF rejeite recurso do ex-presidente contra inelegibilidade
Leia MaisGoverno se comprometeu a pagar 11 bilhões em emendas até abril. Não foi o que ocorreu
Leia MaisEleição no Superior Tribunal de Justiça serviu para criticar trabalho virtual de ministros
Leia MaisMoraes manda arquivar investigação sobre os dias que Bolsonaro passou na representação da Hungria
Leia MaisDeputados aprovam convite para diretores após caso revelado pelo Bastidor sobre royalties
Leia MaisA articulação política do governo trabalha para que a sessão seja adiada para o mês que vem
Leia Mais