Posse de ditador
Isolado e ignorado pela comunidade internacional, Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10) para seu terceiro mandato consecutivo como presidente da Venezuela. O ditador assume sem o reconhecimento de diversos países e organizações internacionais por suspeita de fraude na eleição de julho de 2024.
Horas antes da posse, ruas de Caracas foram bloqueadas e a fronteira com a Colômbia foi fechada. O governo também mobilizou centenas de agentes para conter protestos e acusou opositores de conspiração com apoio de forças estrangeiras.
A cerimônia começou antes do horário previsto. Apenas os presidentes da Nicarágua, Daniel Ortega e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, ambos ditaduras, compareceram. China e Rússia, que sustentam Maduro, enviaram representantes. O Brasil foi representado pela embaixadora na Venezuela, Gilvânia Maria de Oliveira.
Maduro governa a Venezuela desde 2013 e ficará por mais 6 anos no poder. Sua posse foi realizada um dia após protestos. A líder da oposição, María Corina Machado, que estava escondida desde agosto, participou das manifestações e foi detida por forças de segurança. Segundo sua equipe, ela foi obrigada a gravar vídeos enquanto estave detida e depois foi liberada.
O presidente Lula reduziu ao seu contato com Maduro, a quem favoreceu por anos. A presença apenas da embaixadora em Caracas na posse é um sinal do resfriamento das relações, mas o Brasil se mantém em cima do muro: ainda exige a publicação de atas - que nunca virão -, mas não declara oficialmente não reconhecer a vitória de Maduro.
Líderes na América Latina têm endurecido o discurso contra Maduro. Gustavo Petro, presidente da Colômbia, acusou o regime de violar direitos humanos e desrespeitar o processo eleitoral, mas evitou romper relações diplomáticas. Gabriel Boric, presidente do Chile, retirou o embaixador de Caracas.
A oposição diz que Edmundo González, substituto de Machado nas eleições e exilado na Espanha, venceu com 70% dos votos. No entanto, a autoridade eleitoral declarou Maduro como vencedor com mais de 50% dos votos, mas até agora não apresentou as atas.
Lula deixa Juscelino Filho controlar verbas do setor de Comunicações porque não confia na Anatel
Leia MaisMaría Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, é presa na véspera da posse de Maduro
Leia MaisJuíza decide arquivar inquérito contra o cantor Gusttavo Lima por lavagem de dinheiro em bets
Leia MaisVítimas de esquema acusam empresa de usar advogado para ocultar bens e dificultar pagamentos
Leia MaisNa disputa com a J&F pela Eldorado, Paper recorre a arbitragem na Câmara de Comércio Internacional
Leia MaisApós 25 anos, Gilmar Mendes homologa acordo entre Cade e Gerdau por prática de cartel
Leia MaisFalta de autoridades e de povo reduz cerimônia do 8 de janeiro a discurso de Lula
Leia MaisEm nova manobra protelatória, empresa pediu para afastar desembargador do caso - mas perdeu
Leia MaisMPF de São Paulo pede que Meta explique a decisão de encerrar serviço de checagem de fatos
Leia MaisSetor de energia eólica espera para dia 10 vetos de Lula sobre jabutis do PL de exploração offshore
Leia MaisDesembargador aceita pedido de Carlos Suarez e barra compra de termelétricas pela Âmbar, da J&F
Leia MaisPerda de verba dos Transportes deixa bancada do Pará na Câmara insatisfeita com Lula
Leia MaisDecisão de plantão judicial em favor da J&F completa um ano no dia 23 sem análise de Nancy Andrighi
Leia MaisChegada de marqueteiro à Secom abrirá espaço para primeira-dama influenciar na pasta
Leia MaisIrmã de tenente-coronel preso por suspeita de golpe de estado vira alvo de inquérito da PF.
Leia Mais