PEC acima das bombas
Faltou pouco para que deputados do governo e da oposição saíssem no tapa durante a sessão desta quarta-feira (13), na Câmara, pouco depois das explosões que deixaram uma pessoa morta nas imediações da Praça dos Três Poderes, em Brasília. O motivo da intensa discussão era a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária de templos religiosos.
O bate-boca começou quando deputados do Psol pediram o encerramento da sessão, minutos depois das primeiras notícias do que estava acontecendo do lado de fora do Congresso. Deputados da oposição começaram a acusar a esquerda de tentar obstruir a votação.
Curiosamente, a proposta, que deverá causar ainda mais prejuízo de arrecadação ao governo federal, recebeu apoio do Palácio do Planalto. Apenas parlamentares de legendas à esquerda, mas independentes do governo, se posicionaram contrários à medida.
Durante a discussão, o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), reconheceu que a orientação do governo era para que os deputados da base aliada aprovassem a proposta. Ainda assim, insistiu pela suspensão, o que foi negado, inicialmente, pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que presidia a sessão. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), não estava no plenário.
Sóstenes argumentou que esperava informações da direção da Polícia Legislativa, antes de decidir se suspendia ou não a sessão. Durante cerca de 20 minutos, os deputados ficaram brigando para chegar a uma conclusão, que só foi decidida depois que o presidente viu fotos e imagens do que acontecia.
Mesmo com a gravidade dos fatos e sem saber quem era o homem morto, os deputados ainda fizeram um minuto de silêncio em homenagem a ele. Informações preliminares apontam que a vítima era, possivelmente, o autor das explosões.
Sobre a PEC
O texto que mobilizou os parlamentares mais conservadores prevê que o governo seja impedido de promover qualquer cobrança de impostos sobre instituições religiosas. Uma emenda apresentada no plenário, pelo deputado Fernando Máximo (União-RO) estendeu ainda o benefício a empresas e entidades ligadas aos templos religiosos, como creches e comunidades terapêuticas.
Deputados da esquerda que são contra a proposta denunciaram que o governo só aceitou votar o texto com medo da repercussão negativa nas igrejas evangélicas, as quais têm laços estreitos com o bolsonarismo.
O texto original da PEC não prevê o impacto orçamentário da medida, mas antes da suspensão, deputados do PSOL afirmaram que o rombo pode chegar a 4 bilhões de reais por ano, caso o texto seja aprovado. Depois de passar pela Câmara, a proposta ainda deverá ser aprovada pelo Senado. Por ser uma emenda constitucional, não há a necessidade de sanção presidencial.
Ministro do TCU diz a pessoas próximas que Pacheco hoje é favorito para possível vaga no STF
Leia MaisRicardo Andrade Saadi, delegado da PF, assume a presidência do órgão subordinado ao Banco Central
Leia MaisCosta Câmara é preso por conversa do seu advogado com Mauro Cid; que passou ileso por Moraes
Leia MaisPor unanimidade, ministros do STF concedem proteção vitalícia a ex-integrantes da corte
Leia MaisDireita trava votação de acordo de extradição com a Argentina, que pode atingir fugitivos
Leia MaisColegas disseram ele parecia mais um integrante do governo do que presidente da Câmara
Leia MaisO dossiê da Abin
PF indicia corregedor por produzir informações contra antecessora e tentar desviar investigação
Leia Mais2ª Turma do Supremo Tribunal Federal mantém decisão contra doleiro investigado pela Lava Jato
Leia MaisConversa a sós na Abin
Encontro de diretor da Abin com Ramagem tratou sobre operação secreta em favelas do Rio, diz PF
Leia MaisComissão para investigar fraude de 6,3 bilhões de reais no INSS começa no segundo semestre
Leia MaisAneel deixa empresa adiar contabilização de 1,4 bilhão, que daria maior desconto na tarifa
Leia MaisDeputado exige vaga que estava destinada ao PT após acordo firmado com Hugo Motta
Leia MaisExtração no rio Amazonas será feita em 19 pontos, por Petrobras, ExxonMobil, Chevron e CNPC
Leia MaisOAB abre caminho para colocar o ex-juiz da Lava Jato Marcelo Bretas na lista dos inaptos à advocacia
Leia MaisDona do WhatsApp é punida por Justiça mineira devido a vazamento de dados de usuários
Leia Mais