Os recados do STF
O ministro Kássio suspendeu a análise da ação movida pelo PC do B contra a Lei das Estatais, que limita indicações políticas para as empresas que pertencem ao governo. O caso voltou ao plenário nesta quarta-feira (6). Na sessão, alguns ministros que não votaram deram recados sobre como podem decidir a respeito da questão.
Kássio pediu vista logo depois do voto do ministro André Mendonça, que votou contra o entendimento do relator, Ricardo Lewandowski, já aposentado. Em março, Lewandowski atendeu a uma medida cautelar e suspendeu o trecho da lei que exige uma quartentena de 36 meses para políticos assumirem cargos em estatais.
A decisão de Lewandowski ajudou o governo Lula a poder indicar Aloizi o Mercadante para a presidência do BNDES e Jean Paul Prates para a da Petrobras, apesar de ambos terem participado do processo eleitoral de 2022.
Enquanto Mendonça votava, o ministro Gilmar Mendes pediu a palavra para fazer uma breve análise sobre os pontos que o colega usou para sustentar o voto contra o pedido do PC do B. Para ele, não parece haver razoabilidade na Lei das Estatais, já que a vedação a políticos em cargos públicos atinge apenas as empresas, e não os ministérios ou outras autarquias.
Assim que Nunes Marques pediu vista, Luiz Fux também se pronunciou e lembrou que a Lei das Estatais, aprovada no governo Temer, ainda sob o calor da Lava Jato, foi um marco importante. Já o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, complementou que é preciso aprofundar as discussões levadas ao plenário por Mendonça. “Para determinados cargos, colocar um técnico pode ser um desastre. Para outros, colocar um político, não me parece ser a melhor solução”, disse.
As manifestações dos ministros durante o voto dos colegas, expressando opinião prévia não é incomum. Tampouco é garantia de que eles estejam inclinados a determinado entendimento. Mas pode dar indícios de que a vitória favorável ao governo, se vier, poderá ser por margem curta.
O impasse coloca ainda mais pressão no relacionamento do STF com o Planalto, sobretudo depois que o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA), votou a favor do texto que limita o alcance das decisões monocráticas na Suprema Corte, contrariando a decisão do partido em torno do projeto.
Bancos repassam 18 milhões das contas da Starlink no Brasil à União por multas aplicadas ao X
Leia MaisSTF toma decisões contra criminalidade para tentar desfazer imagem negativa na sociedade.
Leia MaisJuiz rejeita denúncia do MP do Rio, que livrou Carlos de ser investigado por esquema de rachadinha
Leia MaisJuíza Andrea Palma decidirá sobre pedido de recuperação judicial de empresas ligadas ao PCC
Leia MaisA manobra da Copape
Empresas investigadas por ligação com PCC tentam voltar ao mercado mediante recuperação judicial.
Leia MaisAgora com plenário virtual transparente, STJ convocará 100 juízes para ajudar em processos criminais
Leia MaisLira tenta convencer Elmar a não insistir na oposição a Hugo Motta; vaga no TCU foi oferecida
Leia MaisAndré Janones é indiciado por "rachadinha"; Carlos Bolsonaro se livra das acusações
Leia MaisPGR diz que pedido do Novo para liberação do X no Brasil não deve ser conhecido por Nunes Marques.
Leia MaisPaulo Pimenta reassume a Secom, e Palácio Piratini pode estar mais distante
Leia MaisBolsonaro se irrita com postura do coach no 7 de setembro e passa a disparar vídeos críticos a ele.
Leia MaisDe favorito de Lira, deputado viu em poucos dias o seu prestígio declinar
Leia MaisDesde que chegou ao Supremo, Flávio Dino joga junto com o governo ao qual pertencia.
Leia MaisCCJ encerra discussões sobre PEC das decisões monocráticas, mas adia votação de relatório.
Leia MaisSuperior Tribunal de Justiça decide não ser mais possível discutir privatização da Vale.
Leia Mais