Em busca de companheiros
Com a demora do governo Lula e da bancada do PT em atuar contra a CPI do MST, integrantes do movimento buscam ajuda de partidos de esquerda para definir estratégias contra a abertura da comissão.
Numa reunião na quinta-feira, deputados da base aliada da gestão petista discutiram duas opções para tentar retardar a instalação da CPI. O requerimento foi lido no início da semana pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Agora, os partidos precisam indicar seus integrantes.
A primeira opção é retardar a indicação dos membros para ganhar tempo. A comissão terá 27 titulares e outros 27 suplentes. Como mostrou o Bastidor, o deputado Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, é cotado para ser o relator.
A segunda alternativa considerada pelo MST e por partidos de esquerda é questionar a CPI no Supremo Tribunal Federal. Membros do movimento falam em perseguição política e que a comissão, caso instalada, seria inconstitucional.
O MST considera o momento desfavorável, após a ocupação de terras da Suzano, na Bahia, e de sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) durante as jornadas de abril.
O movimento detectou neste mês um aumento nas menções negativas ao MST nas redes sociais (Twitter, Facebook e WhatsApp). Seus integrantes falam em “guerra híbrida” e “ataque coordenado de bolsonaristas” para incentivar a CPI. O grupo discute formas de atuação para enfrentar a ofensiva que será alvo.
O Bastidor teve acesso a relatos de insatisfação com o governo federal, em especial com os ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), e da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). A gestão petista tem sinalizado que o momento não é propício para as ações do movimento.
O MST quer uma reunião com o presidente Lula para explicar as ocupações e entender os argumentos do governo. O movimento ainda acusa a gestão federal de atrasar o anúncio de benefícios prometidos ao grupo por temer a repercussão entre o agronegócio.
Leia o requerimento de criação da CPI, protocolado pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).
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