Dino é o alvo
Não é novo, mas aumentou o incômodo de alguns petistas com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB). Ao Bastidor, uma liderança do PT classificou a postura do ministro como busca incessante pelo protagonismo. Dino é chamado entre petistas de "comentador-geral da República".
Por isso, Dino virou algo de fogo-amigo, uma especialidade do PT. Nesta quarta-feira (16), a Folha de S. Paulo publicou que Lula teria ficado irritado, pois a operação da Polícia Federal sobre as joias do ex-presidente Jair Bolsonaro ofuscou o lançamento do novo PAC na sexta-feira, 11.
Um aliado de Dino, ao Bastidor, atribuiu o ‘fogo-amigo’ do PT ao fato do ministro não ser do partido e estar ofuscando lideranças petistas. Do outro lado, um crítico avalia que Dino busca espaço para conseguir uma vaga no STF ou compor ser o vice de Lula em 2026.
As divergências de Dino com petistas ocorrem desde a transição de governo, quando se discutiu a possibilidade de separar o seu ministério em duas pastas - uma da Justiça e da para Segurança Pública, para abrir mais espaço a aliados. Ele não aceitou.
Depois vieram os embates públicos com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre os acampamentos em frente a quartéis-generais do Exército. Dino chegou a culpar Múcio pela lentidão em desmobilizar os bolsonaristas.
O desempenho de Dino foi elogiado por petistas nas várias comissões da Câmara às quais ele compareceu para prestar esclarecimentos sobre as ações após os ataques de 8 de janeiro e até a ida ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
Mas a tal “busca incessante pelo protagonismo” incomoda. Dino comenta ou dá entrevista em todas as operações de repercussão da Polícia Federal. Há também um desconforto com o excesso de declarações dele sobre temas que fogem de sua alçada.
Um exemplo foi sua manifestação sobre a reação da Polícia Militar de São Paulo à morte de um agente de segurança, no Guarujá. A operação da PM já deixou 18 mortos e o ministro disse que “não parece proporcional”.
Dino também opinou sobre o caso das jóias sauditas vendidas por Bolsonaro. Chegou a dizer que ainda não havia motivos para prender o ex-presidente. Opinar sobre investigações e processos é algo fora da alçada de um ministro da Justiça.
Governo e oposição se unem e aprovam projeto para retaliar tarifas impostas pelos EUA
Leia MaisDois desembargadores querem disputar a presidência, mas dependem da posição de Torres Garcia
Leia MaisAgente da Abin afirma que governo Lula fez operação para hackear autoridades paraguaias
Leia MaisRei do Laranjal aparece em evento como representante de empresa que nega ser sua
Leia MaisDeputado da oposição tenta convocar ministra dos Povos Indígenas para falar sobre acerto com Ambipar
Leia MaisPrimeira Turma do STF forma maioria para obrigar Bolsonaro a pagar por propaganda irregular em 2022
Leia MaisMoraes encerra investigação contra Bolsonaro por falsificar de cartão de vacinação
Leia MaisDias Toffoli vota para manter sua decisão que anula atos da Lava Jato contra Palocci
Leia MaisApós atingir limite de R$ 15 bilhões, programa será suspenso e auditado pela Receita Federal
Leia MaisPGR pede arquivamento de investigação contra Jair Bolsonaro por fraude em cartão de vacina
Leia MaisSem conseguir na Vale, governo emplaca ex-ministro da Fazenda no conselho da ex-estatal
Leia MaisGoverno de São Paulo mantém decisão que cassou licença da distribuidora de combustíveis SSOil
Leia MaisSupremo adia para maio julgamento de militares e policial acusados de tramar golpe de Estado
Leia MaisEmpresário terá de arcar com dívida tributária de 3,5 bilhões de reais da mineradora MMX
Leia MaisEm acordo, Eletrobras dá mais vagas em conselhos ao governo e se livra de investir na Eletronuclear
Leia Mais