Dimas Covas diz que não é possível divulgar gastos da ButanVac

Samuel Nunes
Publicada em 14/05/2022 às 06:00
Dimas Covas, João Doria e Jeancarlo Gorinchteyn, secretário de Saúde de SP no dia do lançamento da vacina Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Cinco meses depois de o Bastidor solicitar ao Instituto Butantan uma resposta via Lei de Acesso à Informação, o presidente da entidade, Dimas Covas, afirmou que não é possível divulgar o investimento feito para desenvolver a vacina ButanVac, prometida por João Doria em meados de 2021.

Em documento enviado à reportagem, Covas afirma que não houve gastos públicos com o desenvolvimento da ButanVac. "No tocante ao desenvolvimento de vacina candidata, os dispêndios financeiros ocorridos, não utilizaram como fonte de receita do erário, o ingresso e respectivo ônus deu-se exclusivamente por disponibilização financeira da entidade fundacional de apoio, qual seja a Fundação Butantan", afirmou o diretor.

Em fevereiro, o Bastidor mostrou que os gastos sobre a nova vacina não tinham sido divulgados. O Instituto diz que os recursos foram obtidos por meio de doações realizadas à Fundação, que é uma entidade privada.

Entidades distintas

Apesar de terem o mesmo nome, a Fundação e o Instituto são coisas diferentes. A primeira serve para receber e repassar doações de entidades privadas ao Instituto, que organiza as pesquisas e as vendas de vacinas, remédios e outros produtos.

A Fundação Butantan é uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos. O atual diretor é Rui Curi.

Já o Instituto Butantan está vinculado diretamente ao governo de São Paulo. O atual diretor é Dimas Covas, que chegou ao posto indicado pelo ex-governador João Doria.

Dados da Fundação Butantan mostram que a entidade recebeu, de junho de 2020, a julho de 2021, 2,1 milhões de reais em doações para uso em estudos clínicos. Na página, não há detalhamento de como esse dinheiro foi repassado ao Instituto Butantan.

Promessa de Doria

A ButanVac foi anunciada com pompa em meados de 2021, no auge da pandemia. A vacina prometia ser mais barata que outras disponíveis no mercado e teria tecnologia 100% brasileira, apesar de os estudos serem realizados também em outros países.

O imunizante usa uma tecnologia semelhante à da vacina da gripe, a partir de claras de ovos, para ser reproduzida e injetada nas pessoas.

O estudo, porém, teve uma série de contratempos. Entre eles, o avanço da vacinação no Brasil com outras vacinas. As mais usadas por aqui, como se sabe, foram a da AstraZeneca – feita pela Fiocruz –, da Pfizer, da Janssen e a CoronaVac, produzida pelo Butantan. Com mais pessoas vacinadas, foi preciso alterar os critérios de análise.

Os resultados iniciais mostraram que a vacina é segura para ser aplicada em humanos. Os testes continuam, mas não há prazo para que o imunizante chegue ao mercado.

Doação de vacinas

Nesta semana, o Congresso aprovou uma lei que permite ao governo federal doar vacinas a outros países. O objetivo é ajudar para que a Organização Mundial da Saúde cumpra a meta de vacinar ao menos 70% de toda a população mundial. O número de doses a serem repassadas será definido pelo governo federal, a depender da disponibilidade de imunizantes.

Leia a íntegra da resposta de Dimas Covas ao Bastidor

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