A fronteira agora é Marte

Redação
Publicada em 20/01/2025 às 15:29
Trump faz discurso inaugural com críticas a Biden e promete expandir os territórios dos EUA. Foto: Reprodução/C-Span

O discurso inaugural de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos foi totalmente direcionado aos eleitores. A primeira fala depois de reassumir o posto trouxe críticas a Joe Biden e a promessa de que o país deverá trabalhar para expandir as próprias fronteiras, levando-as até Marte.

Trump iniciou o discurso falando sobre a soberania do país, dizendo que pretende retomá-la a partir de ações para liberar os cidadãos do que chamou de "instrumentalização do Departamento de Justiça". Disse que durante os anos de Biden, o governo falhou em garantir a segurança das pessoas e não conseguiu vencer disputas internas, nem externas, ao citar as guerras em que a administração anterior se envolveu.

Entre as críticas à agenda progressista, disse que ainda nesta semana o governo anulará todas as iniciativas de igualdade de gênero e de cor no país. Trump afirmou que os Estados Unidos se guiarão exclusivamente pela meritocracia nos próximos anos.

Apesar disso, Trump fez menção ao líder negro Martin Luther King, que defendia justamente a inclusão das minorias por meio de políticas afirmativas. A fala teve ainda uma citação direta aos hispânicos e afrodescendentes. “Espero trabalhar com vocês nos anos futuros”, disse. 

Embora tenha soado simpático ao eleitorado hispânico, Trump disse que ainda nesta segunda-feira irá decretar estado de emergência em toda a fronteira com o México e que enviará tropas militares para apertar o cerco contra imigrantes ilegais. Também disse que colocará em prática a maior política de deportação de pessoas ilegais já vista no país, algo que era uma das principais promessas da campanha.

No campo econômico, Trump afirmou que também decretará estado de emergência energética. Com isso, ele pretende revogar leis ambientais que controlam a exploração de petróleo no país. O presidente disse que também retirará incentivos governamentais aos carros elétricos, voltando o foco da indústria aos veículos movidos a combustão.

A política externa foi citada em diversos momentos do discurso. Do ponto de vista econômico, Trump prometeu aumentar consideravelmente a taxação de produtos importados. Ele acredita que essa política será necessária para o fomento da indústria local e a consequente geração de empregos.

Com essa taxação, Trump afirma que conseguirá compensar os esforços do governo para baixar consideravelmente os impostos no país. "Vamos taxar os países estrangeiros para enriquecer nossos moradores", afirmou.

O novo presidente voltou a falar sobre a disputa de controle do Canal do Panamá e retomou a inócua discussão sobre mudar a nomenclatura do Golfo do México para Golfo da América. Disse que o Panamá descumpriu o acordo firmado com os Estados Unidos, na cessão da área ao governo panamenho e reclamou das taxas que navios estadunidenses pagam ao atravessar o canal.

Ele também prometeu ampliar os territórios do país, mas não citou possíveis rotas de expansão. Há algumas semanas, Trump cogitou em um discurso anexar a Groenlândia, mesmo que seja necessário o uso de força militar, e sugeriu a anexação do Canadá, usando a força econômica para alcançar o objetivo. Contudo, esses detalhes ficaram de fora do discurso inicial.

No mesmo sentido, ele prometeu retomar o programa espacial dos Estados Unidos, com o objetivo de enviar pessoas a Marte. Contudo, não garantiu nenhuma data para o feito.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não foi convidado para a cerimônia de posse, parabenizou Trump. Na primeira reunião ministerial conduzida por ele, durante a manhã, desejou sorte ao novo presidente e ao povo dos Estados Unidos. O Brasil foi representado na cerimônia pela embaixadora Maria Luiza Viotti.

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