A blitz contra Marina

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, será alvo de ataque especulativo nas próximas semanas. Virão do Centrão, da Petrobras e do Ministério das Minas e Energia, de forma coordenada.

Partidos do Centrão vão aproveitar a votação da Medida Provisória da reestruturação ministerial, uma das primeiras editadas por Lula e relatada por Isnaldo Bulhões (MDB-AL), para tirar poder do Ministério do Meio Ambiente.

Uma delas é tirar da pasta áreas que tratam de recursos hídricos e de segurança hídrica, como a Agência Nacional de Águas (ANA), que no governo Bolsonaro ficavam no Ministério do Desenvolvimento Regional - hoje Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, comandado por Wáldez Goes.

Outra mudança discutida é tirar o Cadastro Ambiental Rural (CAR), um registro obrigatório para todos os imóveis rurais de Marina e levar para o Ministério da Agricultura, de Carlos Fávaro - como era no governo Bolsonaro.

Nesta sexta-feira (19), a Petrobras divulgou um ofício (leia abaixo) em que a pasta de Minas e Energia pede que a petroleira reitere “o pleito de licenciamento da atividade junto”.

No documento, o ministério diz que o assunto “é fundamental do ponto de vista social, pois propõe-se a alavancar o desenvolvimento de alguns dos Estados com os menores IDH do País, por meio da arrecadação de participações governamentais e criação de emprego e renda para a sua população”.

O Ibama, comandado por Rodrigo Agostinho, aliado de Marina, não aprovou o pedido da petroleira para estudar a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, no litoral que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. Alegou riscos ambientais para a região.

Contra Marina estão o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT-RN), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), e os senadores Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).

Leia o ofício da Petrobras sobre o pedido do Ministério de Minas e Energia: