Vendedor de ilusões punido

Brenno Grillo
Publicada em 12/02/2025 às 19:22
Ruy Filho (à dir.) dizia ser advogado especializado em atuar nas cortes superiores, mesmo sem ter registro na OAB. Foto: Reprodução


Ruy Rodrigues Santos Filho, dono do Banco Agro, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal por estelionato. A pena de pouco mais de um ano de prisão foi aplicada porque Ruy fingiu ser advogado para receber quase 180 mil reais.

Segundo o Ministério Público do Distrito Federal, o dono do Banco Agro, que não aparece nos cadastros profissionais da Ordem dos Advogados do Brasil, enganou um homem que buscava uma saída jurídica para não perder um apartamento. O pagamento foi feito, de acordo com a vítima, para dar andamento à ação.

A decisão da 1ª Turma Criminal do TJDF diz que Ruy mencionava em seu cartão de visistas ser um profissional especializado em atuar nas cortes superiores de Brasília. Essa prova, mais os depoimentos da vítima e os documentos assinados por ele como advogado, foram usados para embasar a condenação.

Ruy, que é filho de advogado, já é conhecido por falcatruas. Foi mencionado em diversas notícias como uma pessoa habilidosa com as palavras, capaz de convencer fazendeiros e empresários a deixar vultuosas quantias sob sua gestão e até políticos a apoiá-lo.

Parte do dinheiro que amealhou foi parar no Banco Agro, instituição criada e presidida por Ruy, mas que não honra compromissos desde 2023. Em abril do ano passado, o banco foi alvo de ordem de despejo por uma dívida de quase 61 mil reais em aluguéis, condomínio, IPTU e multa de um imóvel em Brasília.

A situação do banco contrasta com o poder de convencimento de Ruy Filho, que convenceu o ex-secretário de Agricultura do DF, Cândido Teles, a fazer uma propaganda para a instituição financeira.

Também em abril do ano passado, o banco de Ruy Filho foi obrigado pela Justiça a ressarcir dois fazendeiros em 1 milhão de reais. A dupla disse ter sido vítima de um golpe do banqueiro, que lhes vendeu, por 4 milhões de reais, o direito de usar a marca e a tecnologia da instituição financeira para angariarem clientes.

Os dois fazendeiros afirmaram que conseguiram 200 clientes, mas não conseguiam abrir as contas bancárias para atendê-los, nem transacionar qualquer quantia. Apenas 1 milhão de reais foi pago pela dupla, que conseguiu na Justiça suspender a obrigação sobre os outros 3 milhões de reais.

Ruy Filho foi alvo ainda de dois mandados de prisão: um por conta do caso que acabou em condenação por estelionato e outro por enganar um mecânico, também se fazendo passar por advogado.

Em maio do ano passado, o filho do dono do Banco Agro, Ruy Rodrigues Santos Neto, foi preso pela polícia do Distrito Federal portando um fuzil.

Leia a decisão proferida em 22 de janeiro deste ano:

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