Salomão nega cassação da chapa Bolsonaro-Mourão; Campbell e Banhos o acompanham

Brenno Grillo
Publicada em 26/10/2021 às 22:42
Foto: Futura Press/Folhapress

Luis Felipe Salomão negou pedido de cassação da chapa Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. Segundo o relator, faltam provas de que os atos - disparos em massa de mensagens no WhatsApp- influenciaram as eleições e que empresas teriam financiado a veiculação dessas mensagens. Mesmo assim, ele criticou os atos da dupla que saiu vitoriosa em 2018.

O relator do caso e atual corregedor do TSE foi seguido por Mauro Campbell e Sérgio Banhos - que divergiu apenas sobre a existência dos disparos em massa. Campbell substituirá Salomão, que deixa a corte na sexta-feira (29).

A sessão foi encerrada após as três manifestações e o julgamento será retomado na quinta-feira, às 9h. Faltam votar: Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Carlos Horbach.

São duas as ações que começaram a ser julgadas hoje, ambas propostas pelo PT - derrotado no pleito presidencial de 2018 - logo após o fim das eleições.

Os processos foram apresentados com base em notícia da Folha de S.Paulo sobre uma empresa que teria feito disparos em massa a favor da chapa Bolsonaro-Mourão - a companhia foi investigada pela CPMI das Fake News (suspensa desde março de 2020, por conta da pandemia).

O partido alegou que 10 mil mensagens teriam interferido no resultado da última eleição presidencial. Em quase três anos de tramitação, TSE, Ministério Público Eleitoral e PT não conseguiram obter provas de que os atos de fato influenciaram o pleito de 2018 e que foram financiados por empresas.

Salomão, Campbell e Banhos também afirmaram não haver elementos de que empresas financiaram disparos para a chapa Bolsonaro-Mourão. Assim, é impossível acusar o presidente da República e seu vice de abuso de poder econômico

O ministro então propôs a seguinte tese para o caso, que também servirá para julgamentos similares:

"A exacerbação no uso de aplicativos de mensagens instantâneas para realizar disparos em passa e desinformação diretamente por candidato ou em seu benefício, e em prejuízo de adversários políticos, pode configurar abuso do poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social, nos termos do artigo 22 da Lei Complementar 64/1990, a depender da gravidade da conduta, que será analisada a cada caso concreto".

Para Salomão, essa gravidade deve ser analisada com base nos seguintes parâmetros:

1- O teor das mensagens e se elas contêm propaganda negativa ou informações inverídicas;

2- Se o conteúdo repercutiu no eleitorado;

3- O alcance do ilícito nas mensagens veiculadas;

4- O grau de participação dos candidatos;

5- Se a campanha foi financiada com essa finalidade.

Investigação sobre golpe mostra fragilidade do sistema de validação de linhas telefônicas

Leia Mais

Fora da Caixa

22/11/2024 às 16:20

Ex-vice-presidente da Caixa é demitido do serviço público por justa causa por assédio sexual e moral

Leia Mais

Em ação antitruste, Departamento de Justiça dos EUA quer que empresa venda o navegador Chrome

Leia Mais

Governo de Alagoas abate quase metade da dívida da usina falida e procuradores levam comissão de 20%

Leia Mais

Em nova ação contra a Lava Jato, Toffoli retira sigilo de caso de gravação de conversas do doleiro

Leia Mais

Era manobra

21/11/2024 às 10:30

Procuradores da PGFN mudam postura e estendem prazo para análise de desconto em dívida da Laginha

Leia Mais

Contra o plano

21/11/2024 às 10:25

Bradesco exige votação que respeite a ordem dos credores na assembleia de credores da Laginha

Leia Mais

O risco Adani

20/11/2024 às 21:26

Procuradores dos EUA avançam criminalmente contra bilionário amigo de Modi após ataque da Hindenburg

Leia Mais

Conselho Nacional de Justiça aposentou desembargadora envolvida em venda de sentenças

Leia Mais

Investigações tentam encontrar laços de militares que queriam matar Lula com o 8 de janeiro

Leia Mais

Militares e um agente da PF presos queriam matar Lula e Alckmin; Moraes também era alvo do grupo

Leia Mais

O mês que marcaria os últimos dias do governo Bolsonaro foi o escolhido para o golpe, segundo a PF

Leia Mais

Operação da PF assusta por mostrar que, sob Bolsonaro, militares podem matar adversários políticos

Leia Mais

Investigação da PF mostra que general próximo a Bolsonaro elaborou plano para matar Lula e Alckmin

Leia Mais

Senacon tenta limitar publicidade de bets, mas falha ao detalhar eventuais punições.

Leia Mais