Sob comando de Moraes, PF mira Eduardo Bolsonaro
As investigações da Polícia Federal sobre a denominada "organização criminosa digital" destinada, segundo ministros do Supremo e do TSE, a questionar ilegalmente a lisura das urnas eletrônicas chegaram ao deputado Eduardo Bolsonaro. O inquérito tramita no Supremo sob o comando de Alexandre de Moraes.
Reservadamente, os responsáveis pelas investigações já se convenceram de que o filho do presidente é um dos líderes do "núcleo político" do que qualificam como organização criminosa. O deputado, assim como seus irmãos Carlos e Flávio, havia sido citado na abertura do inquérito.
Eduardo Bolsonaro, segundo o trabalho sigiloso da PF, coordena a interlocução com Steve Bannon, ex-estrategista de Trump. Dissemina, de modo concertado com outros integrantes da organização, ataques digitais ilegítimos contra o Supremo e as urnas eletrônicas, a fim de desestabilizar as instituições democráticas e, consequentemente, beneficiar seu grupo político.
Os policiais querem autorização superior para adotar medidas mais invasivas, de modo a avançar na participação de Eduardo Bolsonaro nos fatos que avaliam configurar crimes. Os indícios também podem ser usados, por conexão, em outros inquéritos em curso no Supremo - sobretudo no inquérito 4.781, das denominadas fake news, também tocado por Moraes.
A relação de Eduardo Bolsonaro com Steve Bannon é pública, assim como as posições do deputado contra o Supremo e as urnas eletrônicas. Para o parlamentar e seus aliados bolsonaristas, os fatos refletem somente a posição política crítica e legítima desse grupo acerca do tribunal e do processo eleitoral digital.
Para a maioria do Supremo e os principais investigadores, os fatos, contudo, configuram crimes, especialmente os previstos na Lei de Segurança Nacional, editada na ditadura militar. A Procuradoria-Geral da República ainda não foi consultada sobre a opinião do Ministério Público acerca dos crimes atribuídos, ainda que preliminarmente, ao deputado.
Caso a PF avance na investigação da maneira que os policiais querem, a crise entre o Planalto e o Supremo alcançará novo patamar.
Alcolumbre e Motta desistem de ir a audiência no Supremo que criticou distribuição de verbas
Leia MaisTribunal de Contas de PE paralisa processo em que a Ambipar ganhou direito a explorar coleta na ilha
Leia MaisGonet propõe que privilégios só sejam pagos ao Ministério Público após decisão judicial
Leia MaisEduardo Siqueira, de Palmas, é preso em investigação sobre vazamento de informações do STJ
Leia MaisPF faz operação contra deputado e assessor por fraude com emendas em prefeituras do PT na Bahia
Leia MaisSupremo muda entendimento sobre o Marco Civil da Internet e aumenta responsabilidade de plataformas
Leia MaisPresidente do Senado não se esforçou para evitar a derrubada dos decretos que elevavam o IOF
Leia MaisApesar da resistência, Jair Bolsonaro anuncia que seu filho Carlos será candidato ao Senado por SC
Leia MaisDesembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo querem mudar plantões criminais da corte
Leia MaisDupla remuneração em xeque
Dirigentes da USP faturaram 1,7 milhão de reais da fundação que administravam
Leia MaisMinistro contraria expectativa e vota com Mendonça para manter como está o Marco Civil da Internet
Leia MaisEm dia catastrófico para o governo, Congresso derruba IOF, aprova mais deputados e desgasta Lula
Leia MaisWajngarten e Paulo Bueno vão depor à PF por abordagens a filha, esposa e mãe de Mauro Cid
Leia MaisIndiciado, corregedor da Abin pede à PGR que sua parte no inquérito seja arquivada
Leia MaisDino manda investigar pagamentos milionários a juízes e desembargadores de Rondônia
Leia Mais