O risco armado
A Agência Brasileira de Inteligência obteve informações reputadas como confiáveis de que civis e militares no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, em São Paulo e no Rio de Janeiro estão engajados em atos preparatórios de violência política.
Segundo duas fontes com acesso direto aos fatos, os informes foram preparados há poucas horas, entre a noite de segunda e a madrugada de terça. Serão disseminados ao Gabinete de Segurança Institucional, ao Ministério da Defesa e à Presidência da República.
As informações provêm de fontes abertas na internet e são corroboradas por fontes sigilosas da Abin. Analistas da agência consideram os relatos confiáveis como material de tomada de decisão.
Entre o material analisado, ao qual o Bastidor teve acesso ao menos em parte, há vídeos e áudios de militares no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina organizando ataques armados a alvos ainda não identificados. A motivação é declarada: insatisfação com o resultado das eleições e desejo de subverter a ordem democrática por meio de uso de força. Esses militares parecem crer que terão apoio do presidente Jair Bolsonaro. Estão se organizando por meio de aplicativos de mensagens.
Os militares, assim como os civis, interpretam os bloqueios nas rodovias e o silêncio do presidente como um movimento preparatório para decretar uma intervenção militar. Eles estão armados com fuzis e pistolas. Por mais que os indivíduos possam não passar da etapa de planejamento, as circunstâncias e o armamento envolvido elevaram o grau de alerta entre os analistas de inteligência do estado brasileiro.
Alguns dos envolvidos afirmam que criariam, nas próximas horas, pontos de resistência armados nas rodovias já ocupadas. Ficariam à espera do Exército. Um dos grupos organizou uma "manifestação" para hoje (terça) à tarde em Brasília, na Esplanada dos Ministérios. O mote: pedido de intervenção militar.
A inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal será avisada dessa e de outras possíveis manifestações de caráter golpista.
Por meio da Comissão de Inteligência, que supervisiona o trabalho da Abin, o Senado pode, em tese, pedir acesso aos relatórios e ficar a par do desenrolar da crise por meio dos produtos preparados pela agência.
Corretora obtém liminar para barrar publicação de conteúdo contra um de seus produtos
Leia MaisRede de varejo consegue abater 500 milhões de reais em dívida de 865 milhões de reais com União
Leia MaisAlcolumbre diz a Lula qual o preço do apoio do Congresso ao governo: as cabeças de Rui e Haddad
Leia MaisMPF pede que Justiça Federal suspenda oferta de blocos petrolíferos da foz do rio Amazonas
Leia MaisPesquisa encomendada pela Secom mostra que crise do INSS e segurança são os problemas de Lula
Leia MaisMinistro dá 24h para Meta fornecer dados de perfil que Mauro Cid pode ter usado no Instagram
Leia MaisTCU barra concorrência de R$ 353 milhões no Banco do Nordeste por risco de favorecimento
Leia MaisPSDB e Podemos desistem da fusão por divergências na direção do novo partido que seria criado
Leia MaisViagem de família para os EUA no fim de maio e movimento de Machado alertaram PF sobre possível fuga
Leia MaisMPF entra ação civil pública contra projeto de extração de madeira viabilizado por Alcolumbre
Leia MaisSTF emite e revoga mandado de prisão contra delator, suspeito de tentativa de fuga para Portugal
Leia MaisNegócios suspeitos de família
PF investiga contratos do marido de deputada Elcione Barbalho com governo de seu filho no Pará
Leia MaisAlexandre Moraes vota por responsabilizar big techs por discurso de ódio e ataques à democracia
Leia MaisSTJ dá isenção de custas judiciais a magistrado do TJDFT que ganha 50 mil reais mensais, em média
Leia MaisGoverno aciona STF para ressarcir fraudes no INSS fora do teto de gastos e sem aval do Congresso
Leia Mais