Um youtuber na Transpetro
Antes de se tornar o novo diretor financeiro da Transpetro, o sindicalista Danilo Ferreira da Silva teve uma carreira paralela como youtuber. Sob o nome artístico Peão Refinado, ele publicou ao menos 40 vídeos na TV Petroleiros, canal do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo no YouTube. Todos em 2022.
Pessoa de confiança do PT, da Fundação dos Petroleiros e de João Vaccari, ex-tesoureiro do PT preso durante a Operação Lava Jato, Peão Refinado (ou Danilo) foi chefe de gabinete da presidência da Petrobras na gestão de Jean Paul Prates e na de Magda Chambriard, até ser promovido a diretor da subsidiária da estatal, na semana passada.
Nos vídeos, o Peão Refinado defende as ideias do sindicalismo petroleiro por meio de sátiras com pessoas que discordam delas. Num deles, o atual diretor financeiro da Transpetro critica um jornalista da Rede Globo que duvidou da eficiência do pré-sal: segura um pacote de farofa marcado com a etiqueta "pré" e uma vasilha com sal para dizer que há, sim, pré-sal no Brasil. Era para ser uma piada. Assista abaixo:
Noutro episódio, Danilo finge ser o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. Ele afirma na publicação que vai conversar com "um seleto grupo de jornalistas que possuem apenas um único pressuposto (ou fixação) – a privatização como única saída".
Danilo gravou ainda um episódio em que usa matrioscas (bonecas russas que abrigam outras bonecas menores dentro de si) e uma embalagem de McLanche feliz para simular um teatro de fantoches, no qual encena sua versão sobre o fim da União Soviética e o domínio do capitalismo.
Os vídeos, ao menos no Facebook, têm pouco mais de 100 visualizações. Alguns chegam, no máximo, perto de 20 curtidas. Não há como saber a audiência das falas do Peão Refinado no YouTube porque o material é privado, apenas administradores da TV Petroleiros sabem o impacto da mensagem.
O Bastidor mostrou que a nomeação de Danilo como diretor da Transpetro buscou fortalecer a Federação dos Petroleiros, ligada ao PT. Sua nomeação sofreu resistências. Fontes da empresa disseram que a escolha foi forçada para acomodar interesses políticos, pois falta ao sindicalista experiência exigida pelo regimento da empresa para a função.
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