Os novos donos da água
O governo de São Paulo, enfim, finalizou a privatização da Sabesp, a companhia de água e saneamento básico do estado. Ao todo, o Executivo recebeu 14,8 bilhões de reais, para se desfazer de 32% das ações da companhia. Mesmo assim, continuará sendo o maior acionista individual da empresa, mantendo 18,3% do capital.
A manutenção do governo como maior acionista não significará que o Executivo terá o controle da empresa. Ao contrário, essa tarefa passará a ser da Equatorial Energia, que comanda operações no setor elétrico em vários estados e mantém serviços de saneamento básico apenas no Amapá.
A Equatorial foi a única empresa que resistiu ao processo de escolha de um acionista de referência. Várias outras companhias, inclusive com experiência na área, ficaram de fora. Entre elas, estava a Aegea. A vencedora ficou com 15% das ações. Os outros 17% que pertenciam ao governo foram vendidos no mercado, principalmente para pessoas físicas.
A definição pela empresa que tem diversos, mas cujo maior acionista é o Banco Opportunity, de Daniel Dantas, foi alvo de críticas e de uma ação no Supremo Tribunal Federal pelo PT. A ação, porém, não prosperou como o partido desejava, e as ações foram vendidas sem interferências.
O PT contestava a constitucionalidade da lei que permitiu a venda da Sabesp, aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo. O partido também questionou a capacidade técnica da empresa em assumir a maior companhia de saneamento do país, já que a experiência no Amapá atende a um público equivalente a alguns poucos bairros da capital paulista.
Outra crítica do partido era relacionada ao preço pelo qual foram negociadas as ações da Equatorial. Segundo o governo paulista, a empresa comprou cada ação por 67 reais, valor bem abaixo do qual os papéis da empresa eram negociados na B3. A administração de Tarcísio de Freitas afirmou que o valor pago estava acima do que tinha sido determinado no edital para a escolha do acionista de referência, mas não divulgou qual era o valor esperado.
Outra metade
Antes da privatização, o governo paulista detinha 50,3% das ações. Os outros 49,7% já eram negociados na Bolsa, sendo 40% na B3 e o restante na Bolsa de Valores de Nova York.
O governo paulista embolsará 10,4 bilhões de reais dos 14,8 bilhões de reais arrecadados com a venda. O restante será aplicado em um fundo para a universalização dos serviços de água e esgoto atendidos pela Sabesp. Atualmente, a Sabesp atende 375 municípios paulistas.
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