O pãozinho esfriou
A Casa do Pão de Queijo, tradicional rede de cafeterias, entrou com um pedido de recuperação judicial nesta segunda-feira (1º). Segundo a empresa, a ação tem como objetivo reorganizar o pagamento de 57,5 milhões de reais em dívidas. A ação, contudo, não está relacionada às franquias, apenas à matriz e às filiais oficiais.
O processo está correndo em Campinas, no interior de São Paulo, sob a tutela do juiz Leonardo Manso Vicentin. Segundo a empresa, o motivo da recuperação judicial foi a tentativa fracassada de superar a crise gerada pela pandemia de Covid-19.
A empresa mantém atualmente 28 lojas próprias, todas em aeroportos espalhados pelo país. Os demais pontos de venda são franquias. De acordo com a Casa do Pão de Queijo, havia mais lojas próprias antes da pandemia, mas elas acabaram fechadas nos últimos anos, devido às dificuldades para pagar aluguéis e manter as receitas.
A expansão que levou a empresa à bancarrota foi impulsionada principalmente pela sequência de grandes eventos que o Brasil sediou na década passada, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Nesse período, a empresa chegou a ser a maior rede de cafeterias nos aeroportos brasileiros.
Em nota, a empresa afirmou que pretende manter o funcionamento normal da rede atual de lojas próprias e franquias. Entretanto, pediu ao juiz para que antecipe o período em que são suspensas todas as cobranças judiciais, com o objetivo de manter ativas as linhas de crédito e garantir a funcionalidade da operação.
Atualmente, a Casa do Pão de Queijo é presidida por Alberto Carneiro Neto, filho da senhora que estampa a logomarca da empresa. Fundada em 1957, a rede de cafeterias teve 70% das ações vendidas para o banco Pátria, no fim dos anos 1990. Em 2009, essa fatia foi adquirida pelo Standard Bank Private Equity, o qual, durante uma política de desinvestimento no Brasil, devolveu o controle acionário à família Carneiro.
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