J&F tentou acordo com Paper Excellence antes de conseguir liminar que suspendeu arbitragem
A 2ª Segunda Vara Empresarial e de Conflitos Relacionados a Arbitragem de São Paulo concedeu liminar para a J&F que suspendeu os efeitos da vitória conseguida em fevereiro pela Paper Excellence. Mês passado, a multinacional ganhou por três a zero a arbitragem que definia o caso da venda da Eldorado, empresa de celulose do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
Com a liminar, está suspensa a transferência do controle acionário da Eldorado até que a defesa da Paper Excellence apresente suas razões - mesmo depois de passar quase três anos enfrentando uma arbitragem internacional. A decisão em favor da multinacional foi unânime. Contou até com o voto do árbitro indicado pela própria J&F.
Antes de tentar a liminar, porém, os irmãos Batista tentaram um acordo com os executivos da Paper Excellence. Pela proposta apresentada por Joesley e Wesley, os dois abdicariam de vez do controle da Eldorado Celulose. Em troca, a Paper teria que abrir mão da indenização bilionária da arbitragem. Os Batista também se comprometeriam em encerrar o inquérito policial na qual acusam a multinacional de espionagem.
Chama atenção na proposta de acordo apresentada pelos delatores Joesley e Wesley o fato de parecer que os Batista possuem controle sobre inquérito policial conduzido pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil de São Paulo, que tem a frente o delegado Ronaldo Sayeg. Mas inquéritos policiais só podem ser encerrados por determinação da Justiça ou por decisão dos próprios investigadores, não sendo uma prerrogativa de quem fez a acusação. Detalhe: o inquérito policial seria acompanhado pelo advogado “anjo” Frederick Wassef, que costuma se gabar de sua influência em delegacias criminais.
O objetivo dos Batista seria um entendimento direto com o empresário Jackson Wijaya, dono da Paper Excellence, sem a presença dos advogados das partes. Como o empresário indonésio não topou a conversa sem a participação de seus assessores jurídicos, os Joesley e Wesley desistiram do acordo e cumpriram a ameaça feita com uma nova briga na justiça comum e conseguiram a liminar.
Em reuniões com executivos da Paper, Wijaya teria manifestado preocupação com os cerca de 4 mil empregados da Eldorado Celulose em meio ao clima de insegurança gerado pela pandemia e agravado pela decisão judicial que adiou o ingresso no controle da multinacional na empresa.
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