Corrida maluca na Petrobras
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse a Jair Bolsonaro que, com a renúncia de José Mauro Ferreira Coelho, o indicado Caio Mario Paes de Andrade será conduzido à presidência da Petrobras ainda nesta semana.
De acordo com o ministro, a vacância permite a condução de Paes de Andrade sem a necessidade de realização da assembleia-geral: basta que o conselho de administração o conduza como interino até lá.
O problema, diz uma fonte ligada à estatal, é que existem "apontamentos" no background check de integridade do indicado de Bolsonaro.
Um deles é a falta de experiência de Paes de Andrade na área, como determina a lei das estatais. Se o conselho de administração ignorar o problema, seus integrantes podem ser responsabilizados por faltar com o dever de diligência e lealdade. Daí, a resistência em colocar Paes de Andrade rapidamente na cadeira.
O governo trabalha prefere ignorar o problema, com o argumento de que, uma vez que o novo presidente seja ratificado pelos acionistas em assembleia, zera a responsabilidade dos conselheiros. Não é bem assim.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis tem reclamado que os preços da Petrobras estão defasados. O temor, dentro do conselho de administração, é que Paes de Andrade decida baixar artificialmente ou congelar os preços e fique evidente a manipulação. Neste cenário, acionistas podem processar os administradores e cobrar o ressarcimento das perdas.
A Petrobras sabe o que é isso, pois respondeu a ações judiciais em massa nos Estados Unidos devido aos crimes descobertos pela Operação Lava Jato. Teve de fazer acordos bilionários.
Sachsida não explicou - nem Bolsonaro quis saber - dos eventuais riscos de nomear Caio Mario Paes de Andrade na base do atropelo.
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